terça-feira, 6 de maio de 2014

MENSAGEM DO DIA

Na imagem materna de Maria, o povo lê os mistérios do Evangelho. 
Papa Francisco, EG 285

DAR TESTEMUNHO

Papa ressalta que Igreja não é ‘universidade de religião’

O cristão que não dá testemunho se torna estéril, afirmou o Papa Francisco, na Missa desta terça-feira, 6, na Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano. O Santo Padre concentrou-se no martírio de Santo Estêvão, lembrando que a Igreja não é uma universidade de religião, mas um povo que segue Jesus. Apenas desse modo, enfatizou, a Igreja é fecunda e mãe.
Na homilia, Francisco retomou o caminho que levou à morte do primeiro mártir da Igreja e explicou que o martírio de Estêvão é um modelo do martírio de Jesus. No martírio, disse o Papa, é possível ver claramente essa luta entre Deus e o demônio.
Francisco explicou que “martírio” é a tradução da palavra grega que também significa “testemunho”. Dessa forma, pode-se dizer que, para um cristão, o caminho segue os passos de Jesus para dar testemunho d’Ele e, muitas vezes, esse testemunho termina dando a vida.
“Não se pode entender um cristão sem testemunho. Nós não somos uma ‘religião’ de ideias, de pura teologia, de coisas bonitas e mandamentos. Não! Nós somos um povo que segue Jesus Cristo, que dá testemunho d’Ele e, algumas vezes, chegamos a dar a vida por Ele”.
Após a morte de Estêvão, lê-se no Ato dos Apóstolos que começou uma violenta perseguição contra a Igreja de Jerusalém, fazendo com que o povo fosse para longe. Mas lá onde chegava, esse povo explicava o Evangelho, dava testemunho de Jesus; assim começou a missão da Igreja.
“O testemunho sempre é fecundo, seja na vida cotidiana, em algumas dificuldades ou na perseguição e na morte. A Igreja é fecunda e mãe quando dá testemunho de Jesus Cristo. Em vez disso, quando ela se fecha em si mesma e acredita ser – digamos assim – uma ‘universidade de religião’, com tantas belas ideias, belos templos, belos museus, belas coisas, mas não dá testemunho, torna-se estéril. Com o cristão acontece a mesma coisa”.
O Pontífice concluiu destacando que não se pode dar testemunho sem a presença do Espírito Santo. Pensando em Estêvão, que era cheio do Espírito e sofreu com o martírio, e nos cristãos que fogem por causa da perseguição, o Papa propôs que cada fiel pense em como é seu testemunho.
“Sou um cristão testemunha de Jesus ou sou um simples número dentre os cristãos? Sou fecundo, porque dou testemunho, ou permaneço estéril, porque não sou capaz de deixar que o Espírito Santo me leve adiante na minha vocação cristã?”.


Fonte: Canção Nova

52ª ASSEMBLEIA DOS BISPOS

Missão na Amazônia e protagonismo dos leigos são temas da coletiva

Após um final de semana de retiro, os bispos retomaram, nesta segunda-feira, 5, os trabalhos da 52ª edição da Assembleia Geral da CNBB que acontece em Aparecida (SP).
No início da coletiva desta tarde, Dom Dimas fez memória, mais uma vez, do falecimento de Dom Balduíno e de outros bispos que morreram desde a última assembleia em 2013. “O testemunho desses irmãos que nos precederam animam nossa caminhada de fé e serviço à Igreja”, declarou o arcebispo de Campo Grande.
Na coletiva foram abordados três temas: o papel dos cristãos leigos na sociedade, a missão jovem na Amazônia e o XVII Congresso Eucarístico.
Os leigos no Brasil e no mundo
Dom Severino Clasen, Bispo de Caçador (SC) e Presidente da comissão Episcopal para o Laicato, afirmou que a CNBB tem uma preocupação em somar forças na sociedade para a evangelização e para formar uma verdadeira consciência nos batizados e não-batizados.
O bispo explicou que a comissão apresentou aos bispos um texto de estudos da última sessão, no qual aborda a estrutura social. “Neste documento mostra-se a imagem da sociedade, em muitos pontos, deteriorada pela falta de educação, fome, miséria e também a falta de religião. Inicialmente, o objetivo é apresentar a sociedade com um olhar crítico, e levar cada cidadão a questionar-se quanto ao meio no qual se encontra”.
Dom Clasen explicou ainda que o texto pretende mostrar como os leigos podem ser um agente de transformação, um cidadão participante na sociedade. “Por isso, este documento entra na questão da educação, da política, da economia, da cultura e do setor produtivo”.
O bispo também apresentou uma cartilha elaborada por comissões sociopolíticas, unido ao Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara”. Intitulada “Seu voto tem consequências: Um novo mundo, uma nova sociedade”, a cartilha tem o objetivo de instruir os eleitores a votar com consciência, tendo critérios na escolha do candidato.
Missão jovem na Amazônia
O Arcebispo Emérito de São Paulo e Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, Cardeal Cláudio Hummes, apresentou o projeto “Missão Jovem na Amazônia”,  que visa levar a evangelização a esse local, onde, segundo ele, a Igreja tem um olhar especial e já desenvolve um trabalho de anúncio do Evangelho.
Com o objetivo de preparar para a Semana Missionária, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013, as Comissões Episcopais para a Juventude e Animação Missionária da CNBB, associadas as Obras Pontifícias Missionárias realizaram o seminário Juventude em Missão.
A partir desse seminário, os jovens presentes tiveram a iniciativa de desenvolver uma missão para colocar em prática o chamado de Jesus Cristo, e anunciá-lo, especialmente, na Amazônia.
Segundo o Dom Cláudio essa inspiração foi reforçada durante a JMJ com o convite do Papa Francisco: “Ide sem medo para servir”.
As inscrições para a primeira missão na Amazônia serão abertas na próxima segunda-feira,12.
Os jovens interessados podem inscrever-se no site:www.jovensconectados.com.br/missão-jovem-na-amazonia.
Os candidatos passarão por uma seleção e cerca de 60 jovens, entre 18 e 35 anos, serão enviados às dioceses de Roraima, Coari, Borba e Parintins.
XVII Congresso Eucarístico Nacional
Ao final da coletiva, o Arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa, apresentou o próximo Congresso Eucarístico que acontecerá de 15 a 21 de Agosto de 2016 em Belém. O evento terá como tema “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária” e Lema: “Eles o reconheceram no partir do pão”.
Durante o Congresso será celebrado o quarto centenário do início da evangelização da Amazônia e de fundação da cidade de Belém. As principais atividades do evento serão as Jornadas Pastorais, Procissão Fluvial, Simpósios Teológicos, Missa com a juventude e Jornada da Misericórdia.
As atividades do clero reunido para a 52ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), prossegue até sexta-feira, 9.



Fonte: Canção Nova

CARTA AO PAPA

CNBB envia carta ao papa Francisco durante 52ª AG

O episcopado brasileiro enviou carta ao papa Francisco por ocasião da 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No texto, é ressaltado o espírito de esperança e alegria que marca o encontro. Os bispos também agradeceram a presença de Francisco na Jornada Mundial da Juventude Rio2013, a canonização do apóstolo do Brasil, São José de Anchieta e falaram do tema central, que trata da renovação paroquial, influenciada pela exortação Evangelii Gaudium. “Saiba, Santo Padre, que as observações que Vossa Santidade fez quando aqui esteve  e, particularmente, as que encontramos em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium têm iluminado nossos estudos sobre esse assunto”, afirma um trecho.
Confira, na íntegra, a carta enviada ao papa Francisco:

Aparecida – SP, 03 de maio de 2014.
P - N. 0394/14

Santo Padre,
Desde o dia 30 de abril passado, nós, Bispos do Brasil, estamos em Aparecida, reunidos sob o manto da Mãe de Jesus. Vossa Santidade conhece bem esta Casa de Maria. Participamos da 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Como é do seu conhecimento, encontros assim vão muito além dos estudos, das reflexões e das decisões que precisam ser encaminhadas. Apesar dos muitos problemas que cada irmão enfrenta, nossa Assembleia é marcada por um clima de esperança e de alegria. Nossa alegria deve-se tanto à consciência da presença do Ressuscitado entre nós como à certeza de que nos encontramos com irmãos atentos às histórias e desafios que trazemos no coração. Assim, o peso das responsabilidades de cada um é repartido entre todos.
Agradecemos a oportunidade de tê-lo entre nós, Santo Padre, durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, em julho passado, e lhe testemunhamos o quanto nosso país e, particularmente, nossos jovens lhe são gratos por isso. Todos se sentiram confortados com sua presença no meio de nós, com suas palavras e gestos. Nossos jovens recordam com carinho o que viram, ouviram e viveram. Como os discípulos de Emaús, perceberam que sua companhia fez seus corações se abrasarem. Com a simplicidade que os caracteriza, constatam que o Papa "roubou" o seu coração.
Agradecemos-lhe também, Santo Padre, pela recente canonização do Padre José de Anchieta, "o Apóstolo do Brasil". Nós, apóstolos de hoje, temos muito que aprender com esse irmão que veio para o Brasil, não em busca de ouro ou fama, mas para trazer aos que aqui moravam o que ele tinha de mais precioso: a fé em Jesus Cristo, o Salvador. De certa forma, todos nós estivemos presentes em Roma, no dia 24 de abril passado, na Igreja de Santo Inácio, quando Vossa Santidade, com muitos brasileiros, rendeu graças a Deus por essa canonização. Na Missa que celebraremos no Santuário da Mãe Aparecida, no próximo domingo, também em ação de graças pela canonização de Anchieta, rezaremos de modo especial pelas intenções de Vossa Santidade.
Nesta nossa Assembléia, ocupa um lugar especial a reflexão sobre a Paróquia - comunidade de comunidades. Saiba, Santo Padre, que as observações que Vossa Santidade fez quando aqui esteve  e, particularmente, as que encontramos em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium têm iluminado nossos estudos sobre esse assunto.
Uma assembléia como a nossa, Santo Padre, é rica de assuntos, porque muitas são as exigências de nossa missão. Queremos pedir sua bênção para ela, para nossas dioceses, paróquias e famílias.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, interceda por seu ministério! 


Cardeal D. Raymundo Damasceno de Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

SANTO DO DIA

06 de Maio

Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Riva, na Itália. Era filho de pais muito pobres, um ferreiro e uma costureira, cristãos muito devotos. Ao fazer a primeira comunhão, com sete anos, jurou para si mesmo o que seria seu modelo de vida: "Antes morrer do que pecar". Cumpriu-o integralmente enquanto viveu.
Nos registros da Igreja, encontramos que, com dez anos, chamou para ele próprio a culpa de uma falta que não cometera, só porque o companheiro de escola que o fizera tinha maus antecedentes e poderia ser expulso do colégio. Já para si, Domingos sabia que o perdão dos superiores seria mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião, colocou-se entre dois alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no outro. "Atirem a primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga.
Esses fatos não passaram despercebidos pelo seu professor e orientador espiritual, João Bosco, que a Igreja declarou santo, que encaminhou o rapaz para a vida religiosa. No dia 8 de dezembro de 1954, quando foi proclamado o dogma da Imaculada Conceição, Domingos Sávio se consagrou à Maria, começando a avançar para o caminho da santidade. Em 1856, fundou entre os amigos a "Companhia da Imaculada", para uma ação apostólica de grupo, onde rezavam cantando para Nossa Senhora.
Mas Domingos Sávio tinha um sentimento: não conseguiria tornar-se sacerdote. Estava tão certo disso que, quando caiu doente, despediu-se definitivamente de seus colegas, prometendo encontrá-los quando estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de cama e, após uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele, pois não teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar tendo uma linda visão e morreu. Era o dia 9 de março de 1857.
Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar. Curta, pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para os parâmetros da Igreja, que o canonizou em 1957.
Nessa solenidade, o papa Pio XII o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos cantores infantis. Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Torino, Itália, não muito distantes do seu professor e biógrafo são João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 6 de maio.

São Domingos Sávio, rogai por nós!