quarta-feira, 30 de abril de 2014

MENSAGEM DO DIA

Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o Papa está com vocês. Levo a cada um no meu coração e faço minhas as intenções que vocês carregam no seu íntimo.
Papa Francisco

CONSELHO DE CARDEAIS

C8: Papa e Secretário de Estado participam das reuniões


Na manhã desta terça-feira,(29) o Papa Francisco participou da reunião com o Conselho de Cardeais (conhecido como C8 por incluir oito membros dos cinco continentes). Esta série de encontros teve início nesta segunda e se concluirá na quarta.
O Conselho de Cardeais tem como missão auxiliar o Papa no governo da Igreja e promover o aperfeiçoamento do documento que regulamenta atualmente a Cúria Romana, dicastérios da Santa Sé e a constituição ‘Pastor bonus’, assinada por João Paulo II em 28 de junho de 1988.
Entre as decisões já tomadas, está a criação de uma estrutura de coordenação para as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Vaticano, sob a direção do Cardeal George Pell, membro deste conselho. A nova Secretaria para a Economia terá autoridade sobre todas as atividades econômicas e financeiras.
Além da “estrutura económico-organizativa da Santa Sé”, o último encontro abordou a situação do Instituto para as Obras de Religião (IOR), tendo o Papa optado por manter a instituição financeira em funcionamento.
O organismo vai continuar a ser alvo de supervisão regular por parte da Autoridade de Informação Financeira do Vaticano. Nesse sentido, a Comissão Cardinalícia de Vigilância do IOR anunciou nesta segunda-feira que se vai reunir “três vezes por ano, a não ser que haja circunstâncias particulares que exijam outros encontros”.
Esta é quarta reunião de Francisco com o Conselho de Cardeais, que ele nomeou em abril de 2013.
A próxima rodada de encontros será de 1º a 4 de julho.
Os oito cardeais são: o hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, que é coordenador, o italiano Giuseppe Bertello, o chileno Francisco Errazuriz Ossa, o indiano Oswald Gracias, o alemão Reinhard Marx, o congolês Laurent Monsengwo Pasinya, o estadunidense Sean O’Malley e o australiano George Pell. Também estão participando o Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, e o secretário particular do Papa, Mons. Alfred Xuereb.



Por Rádio Vaticano

DESDE SÃO PEDRO

Com São João Paulo II e São João XXIII, Igreja conta agora com 80 Papas santos

A partir deste domingo, 27 de abril, depois da canonização de João Paulo II e João XXIII, a Igreja universal conta com 80 Papas santos.
Nos nove primeiros séculos da história, há mais Papas santos (73) que aqueles que não foram canonizados (36) e, concretamente, até o Papa romano Liberio (352-366), sem incluir-se este, todos os Papas são santos, segundo a lista publicada pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
O primeiro santo é São Pedro, da Galileia (Israel), e a ele seguem São Lino (Itália), Santo Anacleto (Itália), São Clemente (Itália), Santo Evaristo (Grécia), Santo Alexandre I (Itália), São Sisto I (Itália), São Telésforo (Grécia), Santo Higino (Grécia) e São Pio I (Itália).
Do século II em adiante se destacam alguns Papas santos originários de países diferentes da Itália ou Grécia, como Santo Aniceto, da Síria, que foi Pontífice ao redor do ano 160; São Melquíades, da África, que ocupou o trono de Pedro entre 311 e 314; São Gelásio I, também procedente da África, que foi Papa desde 492 até 496; Sérgio I e Gregório III, ambos da Síria; e Leão IX, da França.
Pelo contrário, a partir da segunda metade do século IX -concretamente a partir final do Pontificado do Papa Adriano III de Roma (884-885) -e até a atualidade, quer dizer, durante os últimos dez séculos da história, há apenas cinco Papas santos, a estes se juntaram no último domingo João XXIII e João Paulo II.
Entre os Papas que foram beatificados encontram-se os italianos Víctor III (1086-1087), Eugênio III (1145-1153), Gregório X (1271-1276), Bento XI (1303-1304), Inocêncio XI (1676-1689), Pio IX (1846-1878); os franceses Urbano II (1088-1099) e Urbano V (1362-1370); e Inocêncio V de Saboya (1276).



Por ACI

HOMILIA DO PAPA

Papa fala de comportamentos que comunidade cristã deve ter


Papa Francisco celebrou Missa, na manhã desta terça-feira, 29, na Casa Santa Marta, colocando, no centro de sua homilia, a comunidade cristã. Para o Santo Padre, cada comunidade deveria verificar a própria capacidade de viver em harmonia, testemunhar a Ressurreição de Cristo e ajudar os pobres.
Francisco recordou o exemplo das primeiras comunidades cristãs, conforme retratadas na Primeira Leitura do dia. Ele se concentrou em três comportamentos desse grupo: ser capaz de plena concórdia, dar testemunho de Cristo aos de fora e impedir que seus membros sofram com a miséria.
Essas comunidades tinham um só coração e uma só alma, destacou Francisco. Havia nelas a paz, o que significa que não havia lugar para fofocas, invejas, calúnias e difamações.
“Paz e perdão. O amor cobria tudo. Para qualificar uma comunidade cristã com base nisso, devemos nos perguntar como é o comportamento dos cristãos. São mansos e humildes? Naquela comunidade, há brigas entre eles pelo poder? Brigas com inveja? Há fofocas?”
O Santo Padre reconhece que, nessas primeiras comunidades, também existiam problemas, como as disputas internas, as lutas doutrinárias e pelo poder. Mas aquele momento do início fixava para sempre a essência da comunidade nascida do Espírito, uma comunidade de testemunhas da fé. O Papa nos convidou a comparar toda comunidade de hoje com essas primeiras comunidades.
“É uma comunidade que dá testemunho da Ressurreição de Jesus Cristo? Essa paróquia, essa comunidade, essa diocese crê, realmente, que Jesus Cristo ressuscitou? Dar testemunho de que Jesus está vivo, está entre nós. E assim se pode verificar como vai uma comunidade”.
O terceiro traço sobre o qual mensurar a vida de uma comunidade é, segundo o Papa, os pobres. Francisco fala que isso pode ser feito sob dois pontos de vista.
“Primeiro: como é o seu comportamento ou o comportamento dessa comunidade com os pobres? Segundo: essa comunidade é pobre? Pobre de coração, pobre de espírito? Ou coloca a sua confiança nas riquezas, no poder? Harmonia, testemunho, pobreza e coração de pobres, é isso que Jesus explicava a Nicodemos, esse nascer do Alto. (…) Que o Espírito Santo nos ajude a caminhar nesse caminho de renascidos pela força do batismo”.


Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

SANTO DO DIA

30 de Abril

José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Foi o mais velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que, quando crescesse, queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela "seu hospital". O episódio foi um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva tal casa.
Com dezessete anos, ingressou no seminário e, aos vinte e cinco, se ordenou sacerdote na diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais de sua vocação.
Em 1837, padre José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher grávida, vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e, mesmo assim, os hospitais não a internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres. Ele nada pôde fazer. Entretanto, depois de ela ter morrido e ele ter confortado os familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de "ajudar a Providência Divina".
Alugou uma casa e conseguiu colocar nela leitos e remédios, onde passou a abrigar os doentes marginalizados, trabalhando, ele mesmo, como enfermeiro e buscando recursos para mantê-la, mas sem abandonar as funções de pároco. Era tão dedicado aos seus fiéis a ponto de rezar uma missa às três horas da madrugada para que os camponeses pudessem ir para seus campos de trabalho com a Palavra do Senhor cravada em seus corações.
Os políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram fechar a casa. Mas ele não desistiu. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir os pequeninos, os deficientes e os doentes. Os fundos deveriam vir apenas das doações e da ajuda das pessoas simples. Padre José Benedito Cotolengo tinha como lema "caridade e confiança": fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na periferia da cidade e reabriu-a com o nome de "Pequena Casa da Divina Providência".
Diante do Santíssimo Sacramento, padre José Benedito e todos os leigos e religiosos, que se uniram a ele nessa experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os doentes desamparados, pois, como ele mesmo dizia: "Se soubesses quem são os pobres, vós os servirias de joelhos!". Morreu de fadiga, no dia 30 de abril de 1842, com cinqüenta e seis anos.
A primeira casa passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Ainda hoje abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. A congregação pode ser encontrada nos cinco continentes, e continua como a primeira: sem receber ajuda do Estado ou de qualquer outra instituição. O padre José Benedito Cotolengo foi canonizado por Pio XI em 1934, e sua festa litúrgica ocorre no dia 30 de abril.

São José Benedito Cotolengo, rogai por nós!