sexta-feira, 25 de abril de 2014

MENSAGEM DO DIA

A vida cristã não se limita à hora de rezar, mas requer um compromisso contínuo e corajoso que nasce da oração.

Papa Francisco

EXPECTATIVA

Porta-voz do Vaticano conta detalhes da Missa de canonização


A Sala de Imprensa do Vaticano realizou, nesta quinta-feira, 24, uma coletiva sobre os preparativos da canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII, que será presidida pelo Papa Francisco no próximo domingo, 27.
O porta-voz da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, apresentou dados sobre participantes e o desenvolvimento das vigílias de oração que ocorrerão entre o sábado, 26, e o domingo, 27. Lombardi informou que estarão presentes na cerimônia 93 delegações oficiais de diversos países e 24 chefes de Estado e Monarcas.
Sobre o rito, o porta-voz destacou que representantes de várias religiões participarão da cerimônia como convidados especiais. Cerca de 150 cardeais irão concelebrar com o Papa Francisco, além de mil bispos de todo o mundo. Ao lado do Papa Francisco estarão o Cardeal vigário da Diocese de Roma, Agustino Vallini, o primaz polonês, Cardeal Stanislaw Dziwisz e bispo de Bérgamo, Francesco Beschi.
Na noite do sábado, às 21h terá início a Vigília de oração em 11 Igrejas do centro de Roma. Chamada de “Noite branca da oração”, o encontro, que durará até a manhã do domingo, será animado em diversas línguas.
Padre Federico Lombardi informou que as atividades na Praça São Pedro terão início às 9h, horário local (às 4h no Brasil). Os fiéis serão convidados à oração do terço da Misericórdia e Ladainha de todos os Santos. A celebração terá início às 10h.
A animação musical da cerimônia será realizada pelo Coral pontíficio, pela Orquestra Filarmônica de Cracóvia, Polônia, e pelo Coral de Bérgamo, norte da Itália.
Como é realizado tradicionalmente, serão lidos os decretos de Canonização pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato. Em seguida, as relíquias dos novos santos serão expostas para veneração dos fiéis.
Sobre a presença do Papa Bento XVI, o porta-voz afirmou que não há confirmação oficial. “O Papa Bento é esperado e foi convidado. Nós respeitamos a sua liberdade e idade(…). Se ele vier ficaremos muito contentes, se ele não vier não temos o direito de nos sentir decepcionados, porque não foi feita nenhuma promessa”, concluiu o sacerdote.


Por Canção Nova, com Sala de Imprensa do Vaticano


BONDADE E MISERICÓRDIA

Santos Papas


O tratamento normal dado aos papas é “sua santidade”. As palavras expressam o desejo latente no coração das pessoas de que o Papa seja santo. Mesmo assim, sabemos que, enquanto continua na terra, o papa também é pecador. Como qualquer outra pessoa, ele é santo e pecador. Mais do que o comum das pessoas, no entanto, ele busca a santidade como projeto para a sua vida pessoal. É o que testemunha o postulador da causa da canonização de João XXIII, Padre Califano: “a santidade era um objetivo que Roncalli cultivava em qualquer época da vida, como padre, bispo e papa”, assumido como seminarista aos 15 anos de idade e renovado anualmente, inclusive quando já era papa (Rádio Vaticano). Algo parecido se diz de João Paulo II, que como estudante já tinha fama de santidade e que em suas pregações repetia que “a tarefa da igreja é evangelizar e levar todos à santidade”.
No dia 27 de abril, domingo da Divina Misericórdia, Sua Santidade o Papa Francisco irá presidir a cerimônia de canonização destes dois papas que buscaram a santidade desde a sua juventude. A partir deste dia, eles poderão ser invocados como santos protetores da Igreja, de comunidades, famílias e pessoas devotas. Eles irão se somar a São José de Anchieta e a outras milhares de pessoas que já receberam o título de santos e santas ao longo da história da Igreja.
O dia escolhido para a cerimônia de canonização coincide com o domingo da Divina Misericórdia. Lembro que a festa foi instituída por João Paulo II no ano 2000, com o decreto de que a partir de então o segundo domingo da Páscoa fosse comemorado como o Domingo da Divina Misericórdia. Antes disso, em 1980, João Paulo II já havia escrita a carta encíclica sobre a misericórdia divina – Dives in Misericordia – na qual afirma que “a Igreja deve considerar como um dos seus principais deveres o de proclamar e introduzir na vida o mistério da misericórdia, revelado no seu grau mais elevado em Jesus Cristo” (n. 14).
A canonização de João XXIII e João Paulo II colocam em destaque duas virtudes importantes na vida do cristão e duas características do Deus revelado nas Sagradas Escrituras: a bondade e a misericórdia. Deus é bom e misericordioso. A constatação foi feita por Moisés (Êxodo 34,6): “Deus é compassivo e misericordioso, lento para a cólera e cheio de bondade e fidelidade”.
João XXIII passou para a história como o Papa Bom e que revelou a face materna de Deus em sua vida e em seus ensinamentos. João Paulo II se destacou pela ênfase dada ao Deus da Misericórdia. Nós, os cristãos, precisamos cultivar a bondade e a misericórdia, ao mesmo tempo em que adoramos o Deus bondoso e misericordioso.
Que os santos padres os papas João XXIII e João Paulo II inspirem as lideranças da Igreja a serem bondosas e misericordiosas e que as comunidades cristãs sejam sempre mais “mães e mestras” que refletem a misericórdia de Deus, são nossos votos por ocasião da festa da divina misericórdia e da canonização destes dois grandes servidores da Igreja!


Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)


Fonte: CNBB

PALAVRAS DO PAPA

Francisco destaca santidade de João XXIII: dom para a Igreja

“Convido-vos a agradecerem ao Senhor pelo grande dom que a santidade de João XXIII foi para a Igreja”. Assim escreve o Papa Francisco aos fiéis da diocese de Bérgamo às vésperas da canonização do beato João XXIII, que será neste domingo, 27, juntamente com o beato João Paulo II.
O Vaticano publicou a mensagem nesta sexta-feira, 25. Francisco diz que sabe o quanto os fiéis estimam o Papa Bom e o quanto ele queria bem a sua terra. Desde o dia da sua eleição ao papado, Bergamo e Sotto Il Monte, província da diocese, ficaram conhecidas mundialmente e são associadas ainda hoje ao rosto sorridente de João XXIII e à sua ternura de pai.
O Papa encoraja os fiéis a protegerem a memória do terreno no qual foi germinada a santidade de João XXIII. “Um terreno feito de profunda fé vivida no cotidiano; de famílias pobres, mas unidas pelo amor do Senhor; de comunidade capaz de partilha na simplicidade”.
Mesmo que hoje existam novos desafios para a missão da comunidade cristã, o Santo Padre ressalta que essa herança pode inspirar ainda hoje uma Igreja chamada a viver a doce e confortante alegria de evangelizar.
“A renovação desejada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II abriu o caminho e é uma alegria especial que a canonização do Papa Roncalli aconteça juntamente àquela do beato João Paulo II, que levou tal renovação adiante no seu longo pontificado”.



Fonte: Canção Nova

APÓSTOLO DO BRASIL

Papa Francisco: S. José de Anchieta não teve medo da alegria que nasce do encontro com Jesus

O Papa Francisco celebrou no final da tarde desta quinta-feira, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, no centro de Roma, uma Missa de Ação de Graças pela Canonização do P. José de Anchieta. O decreto que elevou este jesuíta a santo foi assinado pelo Santo Padre no passado dia 3 de abril. Humildade, testemunho de uma fé inabalável em Deus, esperança e caridade são as virtudes que fizeram de Anchieta um santo. Nascido em 1534 em Tenerife, Espanha, ficou para a história, nos 44 anos que viveu nas Terras de Vera Cruz, como o Apóstolo do Brasil.
Com uma significativa presença de fiéis e religiosos brasileiros residentes em Roma, a celebração teve a participação também de autoridades civis e da Igreja no Brasil. A alegria do encontro com Cristo Ressuscitado foi o conceito-chave desenvolvido pelo Papa Francisco na sua homilia. Uma alegria da qual se pode ter medo como aconteceu com os discípulos de Emaús e pode acontecer também a nós quando sentimos a tentação de refugiarmo-nos na atitude de ‘não exagerar’:
“É mais fácil crer num fantasma do que em Cristo vivo.” 
É mais fácil ir tem com alguém que te prediz o futuro do que ter confiança na esperança de um Cristo vencedor, de um Cristo que venceu a morte! – sublinhou o Papa – é mais fácil uma ideia do que a docilidade deste Senhor.
A Leitura dos Atos dos Apóstolos fala de um paralítico – continuou o Santo Padre – trata-se de um homem que passou a vida à porta do Templo a pedir esmola mas que, quando foi curado, louva Deus e a sua alegria é contagiosa. A alegria do encontro com Jesus Cristo, aquela que nos faz medo aceitar, é contagiosa e grita o anúncio: e alí cresce a Igreja – afirmou o Papa Francisco.
“A Igreja não cresce por proselitismo mas por atração. Sem esta alegria não se pode fundar uma Igreja! Não se pode fundar uma comunidade cristã!”
Neste momento da sua homilia o Santo Padre evocou S. José de Anchieta dizendo que o Apóstolo do Brasil soube comunicar aquilo que tinha experimentado com o Senhor, aquilo que tinha visto e ouvido d'Ele; e essa foi e é a sua santidade. A santidade de um rapaz de 19 anos:
“Era tal a alegria que tinha que fundou uma nação pôs os fundamentos culturais de uma nação em Jesus Cristo.”
“Não tinha estudado teologia, não tinha estudado filosofia, era um rapaz.”
“Tinha sentido o olhar de Jesus Cristo e deixou-se encher de alegria e escolheu a luz.”
“Esta foi e é a sua santidade. Não teve medo da alegria.”
S. José de Anchieta tem um hino belíssimo dedicado à Virgem Maria, a quem, inspirando-se no cântico de Isaías 52, compara com o mensageiro que proclama a paz, que anuncia a alegria da Boa Notícia – sublinhou ainda o Santo Padre. 
Que Ela, que naquele alvorecer do domingo não teve medo da alegria, nos acompanhe no nosso peregrinar, convidando todos a levantarem-se, para entrar juntos na paz e na alegria que Jesus, o Senhor Ressuscitado, nos oferece – concluiu o Papa Francisco. (RS)



Fonte: Radio Vaticano

SANTO DO DIA

25 de Abril

O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança.
Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho.
Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.
Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado.
Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas.
Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos.
Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram.
Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.

São Marcos, rogai por nós!