terça-feira, 1 de abril de 2014

MENSAGEM DO DIA

O prazer do trabalho aperfeiçoa a obra.
Aristóteles

ANOTAÇÕES INFORMAIS

O testamento deixado por João Paulo II

Escrito em trechos, durante 22 anos, com anotações informais, o Testamento de João Paulo II revela a simplicidade e coerência do polonês que marcou a história não só da Igreja, mas do mundo. Poucas linhas para um Papa com quase 27 anos de pontificado e uma história de vida surpreendente.
O Testamento começou a ser escrito em 6 de março de 1979, durante o tradicional retiro da Quaresma. “Durante os exercícios espirituais, voltei a ler o testamento do Santo Padre Paulo VI. Esta leitura estimulou-me a escrever este testamento”, revela João Paulo II.As últimas anotações são de 17 de março de 2000, em pleno ano jubilar.
A frase característica do Pontífice, que revela sua devoção Mariana, “Totus Tuus” (Todo teu) é escrita 6 vezes no Documento, sempre pedindo à Virgem Maria o auxílio para realizar a vontade de Deus.
A devoção à Nossa Senhora, que permeou o seu pontificado, aparece principalmente no trecho, escrito em 1982, em que fala do atentado sofrido na Praça São Pedro em maio de 1981. “Quanto mais profundamente sinto que estou totalmente nas Mãos de Deus e permaneço continuamente à disposição do meu Senhor, confiando-me a Ele na Sua Imaculada Mãe”.
O atentando é comentado uma segundo vez, agora no ano 2000. João Paulo II parece ter compreendido melhor o desígnio de Deus. “Ele mesmo me prolongou esta vida, de certo modo concedeu-ma de novo. A partir desse momento ela pertence-lhe ainda mais. Espero que Ele me ajudará a reconhecer até quando devo continuar este serviço, para o qual me chamou no dia 16 de Outubro de 1978”.



Fonte: Canção Nova

ADEUS AO PAPA BOM

Grande emoção quando João XXIII morreu, disse Papa Francisco


Nos últimos dias do mês de abril de 1963, Angelo Giuseppe Roncalli já sentia as dores de um câncer incurável. Dia após dia, suas dores aumentavam e o futuro santo, com espírito de piedade, oferecia tudo pela Santa Igreja, como relatou em seu livro Diário da Alma: “O começo entre a união de alguma dor física ou moral minha e o maior êxito em frutos espirituais do meu ministério pela causa da Igreja nestes momentos de dúvida”.
Mesmo em meio à sua agonia, o Papa bom manteve-se em intensas atividades de seu vicariato. Faleceu no dia 3 de junho de 1963 às 19 horas e 40 minutos.
Multidões manifestaram seu luto pelo falecimento do Papa, inclusive diversas hierarquias cristãs como Judaísmo, Islamismo e Budismo. A ONU e o palácio primaz anglicano manifestaram seu pesar hasteando suas bandeiras a meia haste.
No 50º aniversário de morte do “Papa Bom”, em 3 de junho de 2013, uma peregrinação da diocese de Bérgamo foi ao Vaticano, e o bispo, Dom Francesco Beschi, presidiu a Missa na Basílica de São Pedro. Ao fim da Missa, Papa Francisco encontrou-se com os participantes da peregrinação e, em seu discurso, recordou a comoção de todo o mundo no dia da morte de João XXIII.
“Precisamente há cinquenta anos, nesta hora exata, o Beato João XXIII deixava este mundo. Quem, como eu, tem uma certa idade, mantém uma recordação viva da emoção que se difundiu em toda a parte naqueles dias: a praça de São Pedro tinha-se tornado um santuário ao ar livre, acolhendo dia e noite fiéis de todas as idades e condições sociais, em trepidação e oração pela saúde do Papa”, disse Francisco na ocasião.
João XXIII foi sepultado na cripta da Basílica de São Pedro próximo ao túmulo de Pio XII.



Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

01 de Abril

Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.
Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lião, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.
Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.
Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.
Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.
Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.
Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.
Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.

São Hugo, rogai por nós!