sexta-feira, 28 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA

Todas as criaturas têm origem divina; mas somente a criatura humana tem consciência dessa estupenda dignidade.
João Paulo II

HOMILIA DO PAPA

Deus espera-nos sempre. Deus não se cansa de perdoar – o Papa na Missa em Santa Marta

Nesta sexta-feira na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco, tomando como primeiro estímulo da sua homilia a leitura do Livro do Profeta Oseias, evidenciou o coração de Deus-Pai que nunca se cansa de esperar por nós:
É o coração do nosso Pai, é assim Deus: não se cansa, não se cansa! E por tantos séculos fez isto, com tanta apostasia do povo. E Ele sempre volta, porque o nosso Deus é um Deus que espera. Desde aquela tarde no Paraíso terrestre, Adão saiu do Paraíso com uma pena e também uma promessa. E Ele é fiel, o Senhor é fiel à sua promessa, porque não pode renegar-se a si próprio. É fiel. E assim esperou por todos nós ao longo da história. É o Deus que nos espera, sempre.”
De seguida o Santo Padre recordou a parábola do filho pródigo. O Evangelho de Lucas conta-nos nessa parábola que o pai vê e reconhece o filho ao longe porque o esperava. Andava todos os dias no terraço para ver se o filho voltava. Esperava-o:
Este é o nosso Pai, o Deus que nos espera. Sempre. ‘Mas padre, eu tenho tantos pecados, não sei se Ele ficará contente’. Mas experimenta ! Se tu queres conhecer a ternura deste Pai, vai ter com Ele e experimenta, e depois contas-me’. O Deus que nos espera. Deus que nos espera e também Deus que perdoa. É o Deus da misericórdia: não se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir o perdão, mas Ele não se cansa. Setenta vezes sete: sempre para a frente com o perdão. E do ponto de vista de uma empresa, o balanço é negativo. Ele sempre perde: perde no balanço das coisas, mas ganha no balanço do amor.
“Assim, que esta palavra nos ajude a pensar no nosso Pai que nos espera sempre, que nos perdoa sempre e que faz festa quando voltamos.”(RS)


Fonte: Radio Vaticana

RECONHECIMENTO PONTIFÍCIO

Legião de Maria tem estatuto aprovado pelo Vaticano


A Santa Sé informou nesta quinta-feira, 27, o reconhecimento da Legião de Maria  como Associação Internacional de Fiéis. O secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Josef Clemens, entregou, nesta manhã,  o decreto de aprovação dos estatutos  do Movimento.
A Associação nasceu em 1921 na Irlanda, por iniciativa de um pequeno grupo guiado por Frank Duff, funcionário do Ministério das Finanças e depois Secretário particular do Ministério da Defesa irlandês. Ao longo dos 93 anos de existência, a associação espalhou-se por todo o mundo.
Através da formação de milhares de grupos em todos os continentes, difundiu-se a identidade própria da Legio Mariae, fortemente radicada na espiritualidade mariana e na entrega ao Espírito Santo.
O movimento propõe aos membros, como objetivos prioritários, a própria santificação e a participação na missão evangelizadora da Igreja por meio dos serviço aos pobres, sofredores e daqueles que estão afastados da fé.
Na mensagem, Dom Clemens sublinhou que a Legio Mariae é um sinal tangível de como o espírito missionário dos leigos, muitas vezes vivido junto aos compromissos cotidianos na família e nos locais de trabalho, pode caminhar junto com uma profunda compreensão do chamado à santidade recebido por meio do Batismo.
“Toda a história da Legião de Maria é um maravilhoso testemunho de fé: fé na onipotência de Deus, fé na força da oração a Maria”. Mostra como as orações a Maria pronunciadas com fé tem sempre obtido respostas”, conclui o secretário.


Fonte: Canção Nova

VIDA LONGA AO PAPA

13 de maio de 1981: João Paulo II escapa de um
atentado

Dia 13 de Maio de 1981, quarta-feira, 17 h. João Paulo II se dirigiu à Praça São Pedro para a audiência geral, como de costume nas quartas-feiras. Em pé no papamóvel, ele percorria a Praça na presença de quarenta mil fiéis quando foram ouvidos disparos.
O Pontífice prostrou-se entre os braços do secretário e amigo, Dom Stanislaw Dziwisz, soltando um gemido de dor. A sua veste branca ficou manchada de vermelho à altura do abdomen.
Segundo o livro, “Uma vida com Karol”, o autor do atentado, Alì Agca, jovem turco de vinte e três anos de idade, disparou a bala de uma distância de três metros para matar. Internado de urgência, o Papa foi submetido a uma delicada cirurgia de mais de 5 horas, com retirada de 55 centímetros do intestino.
Em 20 de junho, 17 dias depois de ter alta, João Paulo II foi internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção por citomegalovírus, resultante da operação anterior. Foram dois tiros. Um dos projéteis atingiu o Pontífice no cotovelo direito, o outro no indicador esquerdo do Papa penetrando-lhe em seguida no abdomen. As imagens do Santo Padre, que caiu para trás gravemente ferido, foram transmitidas pelas estações de televisão do mundo inteiro.
Agca passou 19 anos numa prisão italiana pelo atentado, antes de receber o perdão por iniciativa do Papa em 2000 e ser extraditado para a Turquia para cumprir uma condenação por vários crimes, entre eles o assassinato de um jornalista em 1979.
O atentado aconteceu no mesmo dia em que, em 1917, Nossa Senhora de Fátima fez sua primeira aparição aos três pastorinhos. Depois de 1 ano, em 13 de maio de 1982, já recuperado, João Paulo II visitou pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem por tê-lo salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.

Fonte: Canção Nova


FUTUROS SANTOS

Entenda particularidades da canonização de João Paulo II e João XXIII


Os papas João Paulo II e João XXIII serão canonizados no dia 27 de abril em uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco em Roma. Trata-se da primeira canonização conjunta de dois Papas na história da Igreja.
O próprio Papa Francisco justificou a decisão de realizar no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores. “Fazer a cerimônia de canonização dos dois juntos quer ser uma mensagem para a Igreja: estes dois são bons, eles são bons, são dois bons”.
O doutor em Direito Canônico, padre Cristiano de Souza e Silva, explica que, ao declará-los santos, a Igreja comprova que esses dois beatos deram a vida por amor a Cristo e aos irmãos e, convida os homens e mulheres de hoje a fazerem o mesmo.
“Acredito que essa canonização será um grande sinal para nós de que o tempo dos milagres não passou, esse milagre acontece todos os dias através do testemunho de homens e mulheres de Deus que abraçam a causa de Cristo e do Evangelho.
Então também nós somos chamados a realizar esse milagre no nosso dia a dia, como padres, leigos, porque ser santo não é realizar milagre extraordinário, mas conseguir viver a fidelidade ao compromisso com o Senhor todos os dias da nossa vida.”
A data da cerimônia, 27 de abril, insere-se no contexto da Festa da Divina Misericórdia, devoção propagada por João Paulo II, e das celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII.
“Datas significativas são importantes para o povo de Deus e tem muito a ver com a vida e missão daquela determinada pessoa”, explica o padre.
João Paulo II
Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice na Polônia. Foi eleito Papa em outubro de 1978 e morreu no dia 2 de abril de 2005. Teve um dos pontificados mais longos da Igreja, 27 anos.
Sua beatificação aconteceu em 1º de maio de 2011 numa cerimônia que reuniu mais de 1 milhão de pessoas e foi presidida pelo Papa Bento XVI, em Roma.
Uma particularidade na sua beatificação foi a dispensa do tempo de espera de 5 anos depois da morte para dar início ao processo. Em 1983, o próprio João Paulo II permitiu que se desse uma dispensa destes 5 anos para iniciar alguns processos considerados “claros”. No seu caso, foi a fama de santidade que fez com que Bento XVI autorizasse a dispensa.
Do dia de sua morte até o dia do seu funeral, mais de três milhões de peregrinos prestaram-lhe homenagem e a multidão aclamava-o como “santo súbito”.
“É um trabalho que tornou tangível historicamente o julgamento do povo de Deus sobre a santidade, frequentemente com o grito ‘Santo súbito’, sob a onda de emotividade coletiva que nós acompanhamos já nos dias precedentes e posteriores à morte do Papa”, explicou o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder.
João XXIII
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo, Itália. Foi eleito Papa em outubro de 1958 e morreu dia 3 de junho de 1963. Foi Beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000.
Embora seu pontificado tenha durado menos de cinco anos,  escreveu as Encíclicas “Pacem in terris”, sobre a paz, e “Mater et magistra”, sobre a questão social
à luz da doutrina cristã. Além disso, convocou o Sínodo romano e instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico. Seu feito mais memorável foi a convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II.
O pouco tempo à frente da Igreja Católica foi suficiente para que o povo o reconhecesse como “O Papa Bom”, devido às suas obras de misericórdia e sentimento de paternidade para com todos.
Uma particularidade na sua canonização foi a dispensa da comprovação do segundo milagre. É necessário o reconhecimento de um milagre para se tornar beato e de um segundo milagre para se tornar santo. O doutor em Direito Canônico explica que o Papa pode realizar essa dispensa.
“A dispensa é possível sim porque às vezes existem testemunhos de milagres que por si já seriam suficientes para comprovação dessa santidade de vida. Depois, já faz muito tempo da morte de João XXIII, então às vezes não é fácil para nós encontrarmos pessoas que viveram naquele tempo. Comprová-los seria muito difícil. Fala-se de uma quantidade de milagres, temos milagres documentados, mas alguns de difícil comprovação justamente pelo tempo histórico da realização desses milagres. Então é um discernimento da Igreja já que temos um milagre já comprovado”.


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

28 de Março

Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.
Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.
Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.
Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.
Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.
Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.
Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

São Xisto III, rogai por nós!