segunda-feira, 17 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA

A vida é uma obra de arte. Não há poema mais belo que viver em plenitude.
Georges Clemenceau

IGREJA CATÓLICA

 Papa se reunirá com 700 familiares de vítimas da máfia

O Papa se reunirá na próxima sexta-feira em uma igreja próxima ao Vaticano com 700 familiares de vítimas do crime organizado, com a associação católica antimáfia Libera, anunciou neste sábado um comunicado da Santa Sé.
Este encontro, o primeiro deste tipo, será realizado na véspera do XIX "Dia de Memória e do Compromisso", organizado pelo fundador do Libera, Don Luigi Ciotta, em Latina, ao sul de Roma.
O Papa se reunirá com os familiares das vítimas na igreja de San Georgio VII, do outro lado dos muros do pequeno Estado.
Em linha com seus antecessores João Paulo II e Bento XVI, o papa Francisco demonstrou ser muito sensível à luta contra os tráficos e o crime organizado.
Libera é uma associação voltada para a luta contra as máfias italianas, principalmente a 'Cosa Nostra', originária da Sicília, a 'Ndrangheta', da Calábria, e a 'Camorra', de Campania". Ela se especializou, entre outras coisas, na reconversão de bens confiscados destas organizações.


Fonte: Canção Nova

PAPA FRANCISCO

Escutar a voz de Jesus, pede Papa no Angelus

Neste domingo, 16, Segundo Domingo da Quaresma, Papa Francisco reuniu-se com os fiéis na Praça São Pedro para rezar o Angelus. Em suas palavras antes da oração, ele enfatizou a necessidade de ouvir a Palavra de Deus e transmiti-la aos outros.
O Santo Padre recordou o episódio da Transfiguração de Cristo na montanha, presente no Evangelho do dia. A montanha, segundo o Papa, representa o lugar da proximidade com Deus e do encontro íntimo com Ele. E do alto da montanha, os discípulos ouviram a voz de Deus, que proclama Jesus seu Filho amado dizendo: “Escutai-o” (v.5)
“É muito importante este convite do Pai. Nós, discípulos de Jesus, somos chamados a ser pessoas que escutam a sua voz e levam a sério suas palavras. Para escutar Jesus, é preciso segui-Lo, como faziam as multidões do Evangelho”.
O Santo Padre também disse que se escuta Jesus em Sua Palavra escrita, de forma que é importante ler o Evangelho. Ele perguntou aos presentes na Praça quem tem o costume de fazê-lo e sugeriu que todos levem sempre consigo uma pequena edição dos Evangelhos, lendo um pequeno trecho todos os dias.
Retomando o acontecimento da Transfiguração, o Papa citou dois elementos significativos que sintetizou em duas palavras: subida e descida. Ele explicou que é preciso subir a montanha em silêncio para encontrar a si mesmo e perceber melhor a voz do Senhor. Mas não se pode permanecer ali, é preciso descer para encontrar os irmãos necessitados.
“A estes nossos irmãos que estão em dificuldade, somos chamados a levar os frutos da experiência que fizemos com Deus, partilhando com eles os tesouros de graça recebidos. (…) Quando ouvimos a palavra de Jesus e a temos no coração, esta palavra cresce. E sabem como cresce? Dando-a aos outros”.
Francisco finalizou suas reflexões pedindo a orientação de Maria para que os fiéis prossigam com fé e generosidade o caminho da Quaresma, aprendendo a “subir” com a oração e a “descer” com a caridade fraterna anunciando Jesus.


Fonte: Canção Nova

INICIATIVA CONJUNTA

Religiões assinam acordo contra tráfico humano e escravidão


Uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, 17, no Vaticano, apresentou uma nova iniciativa das confissões religiosas para erradicar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos. O acordo sem precedentes inaugura o Global Freedom Network, que tem como parceira principal a Walk Free Foundation.
O memorando de entendimento e a declaração comum, que institui o acordo, contém quatro assinaturas: o representante do Papa Francisco, chanceler das Pontifícias Academias das Ciências e Ciências Sociais, Dom  Marcelo Sánchez; o representante do Grande Imã de Al-Azhar, Egito, Dr. Mahmoud Azab; o representante do arcebispado anglicano de Canterbury, Reverendo Sir David John Moxon e por parte da Walk Free Foundation, Andrew Forrest.
A declaração comum evidencia a violenta capacidade destrutiva da escravidão moderna e do tráfico de seres humanos e convida outras igrejas cristãs e confissões religiosas do mundo a intervir.
“A escravidão moderna e o tráfico de seres humanos são um crime contra a humanidade. A exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças condena 30 milhões de pessoas à humilhação e à degradação. A cada dia, que continuamos a tolerar esta situação, violamos a nossa humanidade comum e ofendemos a consciência de todos os povos”, lê-se na declaração comum assinada.
O acordo reitera que deve ser cessada toda forma de indiferença em relação às vítimas de exploração. Dessa forma, convida todos os fiéis e seus líderes, todos os governos e pessoas de boa vontade a apoiarem a iniciativa do acordo que visa combater essas problemáticas.
‘           Na declaração, há ainda o agradecimento a todos aqueles que já estão empenhados nessa batalha. Apesar dos esforços de tantas pessoas em tantos países, recorda-se que esta é uma problemática que continua a crescer, de forma que o acordo pretende ser um encorajamento a mais em favor da liberdade dos oprimidos.
Mecanismos
O acordo vai fazer uso dos instrumentos da fé: a oração, o jejum e a caridade. Haverá um dia de oração pelas vítimas e pela sua liberdade. Informa-se que todos os fiéis e pessoas de boa vontade serão convidados a meditar e a agir sobre essa questão.
Nesse primeiro ano, todas as confissões religiosas, bem como líderes políticos e grandes empresas, serão convidados a promover uma fiscalização, a fim de garantir que suas cadeias de suprimentos e investimentos excluam formas de escravidão moderna e, se for o caso, adotem medidas corretivas.
Também estão inclusos projetos de mobilização por parte da juventude para erradicar essa problemática, além da conscientização, por parte das famílias, escolas, universidades e instituições, sobre o que é a escravidão moderna e o tráfico humano bem como as formas de denunciá-los.
O G20 também será convidado a condenar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos e a adotar uma iniciativa contra essas problemáticas, além de apoiar o já mencionado Fundo Global.
“Este acordo marca um início e uma promessa – as vítimas da escravidão moderna e do tráfico de seres humanos não serão esquecidos ou ignorados: todos conhecerão a sua história. Caminharemos com eles rumo à liberdade”, finaliza a declaração conjunta.
O Global Freedom Network é uma instituição aberta e outros líderes religiosos serão convidados a aderir a esta iniciativa e apoiá-la.

Fonte: Canção Nova


SANTO DO DIA

17 de Março

Há poucos dados sobre a origem de Patrício, mas os que temos foram tirados do seu livro autobiográfico "Confissão". Nele, Patrício diz ter nascido numa vila de seu pai, situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius. Apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a professar a fé. 
Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a executar duros trabalhos em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu se libertar. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para a Gália, atual França, onde frequentou vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária.
A princípio, acompanhou São Germano do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, mesmo porque sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã, que o escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o Papa Celestino I o convocou para dar seguimento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a "Ilha Verde", no ano 432. 
Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários.
O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros.
A obra do bispo Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heróicas desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas.
Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: "um só Deus em três pessoas". 
A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda. Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro.

São Patrício, rogai por nós!