sexta-feira, 14 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA



Quando me procurares, não me procures colhendo, mas plantando.
Madre Teresa de Calcutá

CURIOSIDADES SOBRE A QUARESMA


O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.

TEMPO QUARESMAL

Quaresma: um convite à conversão

Desde a quarta-feira de cinzas estamos vivendo o tempo da quaresma. Conforme o convite que nos foi feito na hora da imposição das cinzas, é tempo de fortalecer a fé no evangelho e converter-nos: “Convertei-vos e crede no Evangelho”!
Em sua homilia no dia 05 de março, o santo Padre Francisco destacava as palavras do profeta Joel (2,13): “Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes”. Desta forma a liturgia da quarta-feira de cinzas nos introduz na quaresma, “indicando a conversão do coração como característica deste tempo de graça”. Esta conversão nos deve levar a abrir os olhos, os ouvidos e o coração para Deus e para os irmãos.
Para empreender o caminho da conversão, o Evangelho de Mateus (6,1-18) indica a oração, o jejum e a esmola. A quaresma, diz o papa, “é tempo de uma oração mais intensa, mais prolongada, mais assídua, mais capaz de fazer-se portador das necessidades dos irmãos, intercedendo a Deus por tantas situações de pobreza e sofrimento”.
A quaresma é tempo de jejum. O papa nos alerta que não podemos praticar um jejum formal que, “na verdade, nos deixa satisfeitos”. O jejum tem sentido “se verdadeiramente abala nossa segurança e nos ajuda a cultivar o estilo do bom samaritano que se inclina para o irmão em dificuldade e se ocupa com ele”. Comporta a decisão por “uma vida que não esnoba, uma vida que não descarta”.
O terceiro caminho da conversão é a esmola. “Ela indica a gratuidade, porque na esmola se dá a alguém de quem não se espera receber nada em troca”. Numa sociedade onde tudo é cálculo e medida, onde tudo é vendido e comprado, “a esmola nos ajuda a viver a gratuidade do dom, que é liberdade frente à obsessão de possuir, do medo de perder o que se tem, da tristeza de quem não quer repartir com os demais o próprio bem estar”.
Na mensagem para todos as comunidades cristãs, o papa afirma que a quaresma “é um tempo propício para o despojamento e nos fará bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar para ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza”. Não esqueçamos, diz o Papa, “que a verdadeira pobreza dói, e não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói”.
Aproveitemos estes dias de preparação para a Páscoa para revisarmos o nosso modo de viver a fé e seguir a Jesus Cristo. Façamos isso com os olhos voltados para Deus e o coração aberto para as necessidades das irmãs e dos irmãos. Não podemos ser seguidores de Jesus Cristo enquanto o nosso coração não se condoer com as pessoas que sofrem.
Com o Papa Francisco, peçamos a graça do Espírito Santo, para que ele “reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia”.

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)


CF 2014

TRAFICO HUMANO

A Campanha da Fraternidade de 2014, preconizada pela CNBB, trata a temática da “Fraternidade e Tráfico Humano”, evidenciando, entre outras modalidades perversas, a exploração sexual infanto-juvenil e adulta, sobretudo de mulheres enganadas em busca de melhores condições de vida; a extração de órgãos comercializados a preço de ouro e a exploração para o trabalho escravo.
Os roteiros do tráfico humano seguem esquemas paralelos aos do crime organizado, envolvendo transações bilionárias que chegam a faturar, anualmente, 32 bilhões de dólares. A vida mercantilizada expressa a realidade da sociedade de consumo que endeusa as coisas e usa as pessoas, reduzidas a insumos comerciais, úteis e descartáveis. A inversão de valores éticos leva a negação e ao desprezo à dignidade do ser humano. Os padrões de felicidade divulgados por grupos financistas e pela propaganda paga confundem os sentimentos e a índole das pessoas.
Pelo ponto de vista individualista, a busca da felicidade sugere que eu use alguém enquanto ele/ela me satisfaça. Depois eu a descarto como objeto inútil ou a elimino como queima de arquivo. Muitas pessoas e famílias não recebem adequada formação de caráter, baseado nos valores éticos e morais. Consequentemente, não se consegue transmitir esses valores as novas gerações. O que fazer para resgatar a dignidade perdida de milhares de pessoas que foram vítimas das formas mais perversas de escravidão? Se fosse considerada isoladamente, nenhuma instituição teria uma infraestrutura capaz de encaminhar soluções, enfrentando diversas situações envoltas em fatores complexos.
É indispensável unir esforços e integrar os meios disponíveis pelas instituições na corresponsabilidade que incumbe a todos: União, governos estaduais e municipais, polícias, conselhos de cidadania, voluntariado, clubes de serviço, Igrejas, movimentos sociais. Todos nós aprendamos a enfrentar os conflitos, tentando reverter situações da escravatura, através de políticas públicas assumidas em parceria. A raiz da violência é o egoísmo e ausência de amor a Deus e ao próximo. Perdidos os valores referenciais da fé e da prática da justiça, alguém chega a degradar o ser humano, legitimando expedientes que bradam aos céus por socorro divino. Disque 123 para pedir informações, para denunciar crimes e fazer parte do encaminhamento das soluções às vítimas!

Dom Aldo Pagotto

Arcebispo da Paraíba (PB)

PAPA FRANCISCO

Bispo fala da postura do Papa em relação à fome


“É um escândalo que, ainda hoje, existam fome e desnutrição no mundo!” A afirmação do Papa Francisco, em mensagem por ocasião do Dia Mundial da Alimentação 2013, mostra a preocupação do Pontífice com o tema.
Na mensagem dirigida à FAO, Francisco diz que a fome é um dos desafios mais sérios da humanidade. “Isso assume ainda maior gravidade em um tempo como o nosso, caracterizado por um progresso sem precedentes nos vários campos da ciência e por uma crescente possibilidade de comunicação”, afirma o Pontífice.
Dados da ONU apontam que 842 milhões de pessoas passam fome no mundo. Na América Latina e partes da Ásia, o número de pessoas subnutridas está caindo, mas, na África e na Ásia Ocidental, a quantidade de pessoas nesse estado é cada vez maior.
O Papa indica a solidariedade pessoal, institucional e dos Estados, como um meio para ajudar a resolver o problema. Dom Flávio Giovanele, presidente nacional da Cáritas, explica que a quantidade de alimentos produzida no mundo é superior às necessidades dos mais de 7 bilhões de habitantes da terra, mas que, infelizmente, a distribuição não é igual.
“Assim, temos pessoas com problemas de superalimentação, enquanto outros morrem de fome. Cerca de 20% de todos os alimentos são desperdiçados, enquanto governos e firmas alimentares destroem milhares de toneladas de alimentos para impedir a diminuição dos preços”, lamenta o bispo.


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

14 de Março

Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.
Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.
Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.
Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.
Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

Santa Matilde, rogai por nós!