sexta-feira, 7 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA

Com alegria, a caridade é mais eficiente; o perdão, mais construtivo; o amor, mais vida.
Richard Steele

DÚVIDAS SOBRE A QUARESMA

O que é a Quaresma? E qual é a melhor atitude que o cristão pode ter, durante esse tempo, para que, realmente, este período tenha sentido em sua vida?
A Quaresma é esse tempo litúrgico que antecipa todo o período da Semana Santa, da Morte e da Ressurreição de Nosso Senhor, do mistério Pascal. Então, é um grande tempo que a Igreja nos dá para que possamos preparar o nosso coração, viver verdadeiramente o tempo da Páscoa.
A Quaresma é um tempo de recolhimento para que possamos rever a nossa vida, rever até que ponto a nossa vida de cristão corresponde àquilo que Nosso Senhor nos pede. Ela serve para analisarmos se estamos verdadeiramente amando Deus sobre todas as coisas ou se outras coisas estão dominando o nosso coração. É um tempo de balanço geral em nossa vida, de pararmos, silenciarmos e refletirmos. É bonito como a Liturgia vai nos levando até isso por meio das leituras, das Missas de cada dia. A Liturgia nos conduz a fazermos essa experiência de rever a vida, de fazer dela uma vida diferente e poder entrar no tempo Pascal desejoso de uma vida nova. 


Fonte: Canção Nova

FRANCISCO

Papa confessa ter furtado cruz durante velório de sacerdote

O papa Francisco revelou nesta quinta-feira que já sucumbiu "ao ladrão que há dentro de todos nós" e, por isso, violou o sétimo mandamento para furtar uma pequena cruz do caixão de um sacerdote para poder se lembrar do homem.
Em comentários de improviso feitos para sacerdotes romanos, Francisco lembrou que quando estava em sua terra natal, Buenos Aires, foi ao funeral de um padre idoso que admirava.
Ele percebeu que não havia flores no caixão. Comprou algumas e as pôs no caixão onde o sacerdote morto estava com um rosário na mão.
"De repente, aquele ladrão que todos temos dentro de nós veio à minha mente. Enquanto eu estava espalhando as flores, peguei a cruz que estava sobre o rosário e, usando um pouco de força, desprendi-a." Francisco, que não disse quando o episódio ocorreu, acrescentou que carrega a pequena cruz consigo desde o enterro do padre a fim de lembrar dele e da misericórdia que demonstrava para com os outros.


Fonte: Exame.com

HOMILIA DO PAPA

Vida de fé é intimamente ligada à caridade, lembra Papa


“Eu me envergonho da carne do meu irmão, da minha irmã?”. Essa foi uma das perguntas que caracterizou a homilia do Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 7, na Casa Santa Marta. O Santo Padre ressaltou que a vida de fé está intimamente ligada a uma vida de caridade para com os pobres, sem a qual o que se professa é só hipocrisia.
Francisco concentrou-se sobre o que é o verdadeiro cristianismo. Não se trata de uma regra sem alma, um prontuário de observações formais para aqueles que vestem uma face boa de hipocrisia para esconder um coração vazio de caridade. O cristianismo, segundo ele, é a própria “carne” de Cristo que se curva sem envergonhar-se sobre aquele que sofre.
Para explicar esta contraposição, Papa Francisco retomou o diálogo presente no Evangelho do dia, entre Jesus e os doutores da lei. Estes criticam os discípulos pelo fato de não respeitarem o jejum, diferente deles e dos fariseus. O fato, diz o Papa, é que os doutores da lei tinham transformado a observância dos Mandamentos em uma “formalidade, transformando a vida religiosa em uma “ética” e esquecendo a raiz, isso é, a história de salvação, de aliança.
“Receber do Senhor o amor de um Pai, receber do Senhor a identidade de um povo e depois transformá-la em uma ética é rejeitar aquele dom de amor. Esta gente hipócrita são pessoas boas, fazem tudo aquilo que se deve fazer. Parecem boas! Perderam o sentido de pertença a um povo! A salvação, o Senhor a dá dentro de um povo, na pertença a um povo”.
O verdadeiro jejum
No entanto, o profeta Isaías, no trecho recordado na Primeira Leitura, descreveu com clareza qual é o jejum segundo a visão de Deus, observou Francisco: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, dividir o pão com quem tem fome, acolher em casa os sem teto. Este é, segundo o Papa, o jejum que Deus quer, um jejum que se preocupa com a vida do irmão, que não se envergonha da carne do irmão.
“O nosso maior ato de santidade está justamente na carne do irmão e na carne de Jesus Cristo. O ato de santidade de hoje, aqui, no altar, não é um jejum hipócrita: é não se envergonhar da carne de Cristo que vem aqui hoje! É o mistério do Corpo e do Sangue de Cristo. É dividir o pão com quem tem fome, cuidar dos doentes, dos idosos, daqueles que não podem nos dar nada em troca: isso é não se envergonhar da carne!”.
Isto significa que o jejum mais difícil é o jejum da bondade, afirmou o Papa. É o jejum de que é capaz o Bom Samaritano, que se curva sobre o homem ferido. Esta é a proposta da Igreja hoje: “eu me envergonho da carne do meu irmão, da minha irmã?”, questionou.
“Quando eu dou esmola, deixo cair a moeda sem tocar a mão? E se por acaso a toco, faço assim, rápido? Quando eu dou esmola, olho nos olhos do meu irmão, da minha irmã? Quando sei que uma pessoa está doente, vou encontrá-la? Saúdo-a com ternura? Há um sinal que talvez nos ajudará, é uma pergunta: sei acariciar os doentes, os idosos, as crianças ou perdi o sentido da carícia? Estes hipócritas não sabiam acariciar! Esqueceram-se disso…Não se envergonhar da carne do nosso irmão: é a nossa carne! Como fazemos com este irmão, com esta irmã, seremos julgados”.


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

07 de Março

Senhora e escrava, Perpétua e Felicidade sofreram a prisão juntas, na fé e na solidariedade, no ano de 203, na África do Norte.
O imperador Severo, também de origem africana, havia decretado a pena de morte para os cristãos. Perpétua era de família nobre, filha de pai pagão, tinha vinte e dois anos e um filho recém-nascido. Sua escrava, Felicidade, estava grávida de oito meses e rezava diariamente para que o filho nascesse antes da execução e obteve essa graça. Isso aconteceu num parto de muito sofrimento, dois dias antes de serem levadas à arena, para as feras famintas.
Perpétua escreveu um diário na prisão, onde relata todo o sofrimento de que foram vítimas e que figura entre os escritos mais realistas e comoventes da Igreja. Além de descrever os horrores da escuridão e a forma selvagem como eram tratadas no calabouço, ela narrou como seu pai a procurou na prisão, com autorização do juiz, para tentar fazê-la desistir da fé em Cristo e assim salvar sua vida.
Mas ambas, senhora e escrava, mantiveram-se firmes, também como outros seis cristãos que se tornaram seus companheiros no martírio. Elas que ainda não tinham sido batizadas fizeram questão de receber o sacramento na prisão, para reafirmar suas posições de cristãs e, em nenhum momento sequer, pensaram em salvar as vidas negando o cristianismo.
Segundo os escritos oficiais que complementam o diário de Perpétua, os homens foram despedaçados por leopardos. Perpétua e Felicidade foram degoladas, depois de atacadas por touros e vacas. Era o dia 07 de março de 203.
Perpétua viveu a última hora dando extraordinária prova de amor e de tranqüila dignidade. Viu Felicidade ser abatida sob os golpes dos animais, e docemente a amparou e a suspendeu nos braços; depois recompôs o seu vestido estraçalhado, demonstrando um genuíno respeito por ela. Esses gestos geraram na população pagã, um breve momento de comoção piedosa. Mas por poucos segundos, pois a vontade da massa enfurecida prevaleceu, até ver o golpe fatal da degolação.

Pelo martírio, Perpétua e Felicidade entram para a Igreja, que as veneram nesse dia com as honras litúrgicas.

Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós!