terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


Quem é incapaz de contemplar a vida também não é capaz de homenageá-la em cada manhã. Não consegue acordar e bradar: “ Que bom! Estou vivo. Posso viver o espetáculo da vida por mais um dia!”.
Augusto Cury

UM ANO DE PAPA FRANCISCO

Simplicidade de Francisco foi o que conquistou os jovens

Quem não se lembra do fervor da juventude em torno do Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro? Para o bispo da diocese de Caruaru (PE) e membro da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Bernadino Marchió, a simplicidade do Papa Francisco foi o que mais se destacou na relação entre o Pontífice e os jovens, especialmente durante a JMJ.
O Papa é muito simples, enfatizou Dom Bernardino.  “A sua pessoa, seu estilo de vida atrai o mundo inteiro e especialmente a juventude, que quer relacionamentos diretos e simples. O Papa, chegando ao Rio de Janeiro, já naquele primeiro momento em que ficou preso no trânsito, conseguiu mostrar que ele estava bem com o povo”.
Em seu primeiro discurso no Brasil, Francisco destacou aos jovens que Cristo abre espaço para eles, pois conhece a poderosa energia que sai do coração da juventude que encontra Sua amizade. “Cristo ‘bota fé’ nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: ‘Ide, fazei discípulos’”, disse o Santo Padre.
Com um jeito simples e atencioso, Francisco chegou a mencionar um ditado popular muito utilizado no Brasil pelos pais em relação a seus filhos: os filhos são a menina dos nossos olhos. Partindo desse ditado simples, ele lançou mais uma reflexão profunda: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios”.
O bispo recorda o que diz Francisco: “O pastor deve sentir o cheiro das ovelhas. E ele mostra que coloca isso em prática. Aproxima-se das pessoas, abraça-as e acolhe-as. Isso dá muita alegria aos jovens que também não têm medo de se aproximar dele”.
Em muitos momentos, Francisco tem se dirigido aos jovens com particularidade. Dom Bernardino acredita que as palavras do Papa não são apenas para agradar a juventude, mas significa um estilo de aproximação. Segundo ele, os jovens percebem que o Santo Padre confia neles, logo, aproximam-se, e querem ouvir seus ensinamentos.
No entanto, a relação do Papa com os jovens não se resume em palavras. Francisco está preocupado com os desafios da juventude.  “O Papa mostrou isso não só no Rio de Janeiro, mas também em muitos outros encontros no mundo inteiro. Por onde ele vai, sempre se encontra com os jovens, e estes acorrem ao seu redor, para se sentirem estimulados e desafiados para continuar a viver bem seus sonhos e seus projetos”, explicou o bispo.
A juventude é um período em que, segundo Dom Bernardino, as pessoas tendem a procurar ídolos e referenciais. O bispo percebe que os jovens veem o Papa como um grande líder, uma referência. Mas para que esta relação não fique apenas nas boas intenções, Dom Bernardino deixa um conselho.
“Para responder a tudo aquilo que o Papa está dizendo, os jovens precisam se organizar nas comunidades. Nós estamos vendo também esse florescimento de grupos, de pastorais juvenis, movimentos e carismas que estão cada vez mais se organizando. Isso é importante. Precisamos sonhar juntos e dar espaço aos jovens nas organizações paroquiais”.
Testemunho
A reciprocidade na relação com o Papa é verdadeira. Ao menos, é o que mostra a história do jovem Eduardo Campos, 20 anos, morador da cidade do Rio de Janeiro.
Desde criança, ele frequentou igrejas protestantes, mas, após a renúncia de Bento XVI, quis conhecer melhor a fé católica. Participou da Jornada Mundial da Juventude, em julho, com o Papa Francisco. Logo depois, converteu-se ao Catolicismo. Segundo Eduardo, desde então, sua relação com Francisco se assemelha à de um discípulo que deseja aprender com o mestre.
“Ele me ajuda a viver a caridade, o amor; ensina-me a ser humilde. Identifiquei-me com ele, porque, apesar de toda a sua importância, não deixou a humildade de lado. Ele mostra que é o Santo Padre, mas que também é uma pessoa comum; ele é do povo. Ele me ensina que, independente da nossa posição, devemos sempre preservar a humildade”.
Na Missa de envio, última celebração da JMJ, Eduardo exibiu um cartaz que dizia: “Santo Padre, sou evangélico, mas eu te amo!! Ore por mim e pelo Brasil! ‘Tu és Pedro…’”. O cartaz foi mostrado pelas câmeras de televisão e teve grande repercussão nas redes sociais.
Hoje, graças à sua experiência pessoal com Francisco, conforme testemunha, Eduardo pratica a fé católica participando da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz (RJ) onde faz pastoral de rua com o JMC (Jovens Missionários Católicos).


Fonte: Canção Nova

HOMILIA DO PAPA

Não se acostumem ao escândalo da guerra, pede Papa


Crianças famintas estão nos campos de refugiados, enquanto os fabricantes de armas dão festa em salões. Esta foi a imagem forte que o Papa Francisco evocou na Missa, desta terça-feira, 25, na Casa Santa Marta. Toda a homilia do Santo Padre foi um apelo pela paz e contra todo tipo de guerra no mundo ou na família.
Francisco enfatizou que a paz não pode ser só uma “palavra” e exortou todos os cristãos a não se acostumarem com o escândalo da guerra. Partindo da Carta de São Tiago, na Primeira Leitura do dia, o Papa condenou todas as guerras, que surgem quando os corações se afastam de Deus.
 “Todos os dias, nos jornais, encontramos guerras”, constatou Francisco, acrescentando que os mortos em conflitos parecem fazer parte de uma contabilidade diária. O homem se acostumou a ler coisas desse tipo e parece que o espírito da guerra tomou conta dele. Segundo o Papa, hoje a situação de conflitos permanece a mesma, só que, em vez de uma grande guerra, há pequenas guerras em todos os lugares, povos divididos.
“As guerras, o ódio, a inimizade não são comprados no mercado: estão aqui, no coração”, disse Francisco. Ele recordou que a história de Caim e Abel causava escândalo quando ensinada no catecismo às crianças, não se podia aceitar que um irmão matasse o outro. Hoje, porém, milhões de irmãos se matam entre si e o ser humano está acostumado com isso.
“A Primeira Guerra Mundial nos escandaliza, mas esta grande guerra, um pouco em todo lugar, um pouco escondida, não nos escandaliza! E morre tanta gente por um pedaço de terra, por uma ambição, por ódio”.
Francisco ressaltou ainda uma situação curiosa: diante de um conflito, tenta-se resolvê-lo brigando, com a linguagem da guerra, sem pensar primeiro em uma linguagem de paz.
“As consequências? Pensem nas crianças famintas nos campos de refugiados… Pensem somente nisto: este é o fruto da guerra! E se querem, pensem nos grandes salões, nas festas que fazem aqueles que são os patrões das indústrias de armas, que fabricam as armas. A criança doente, faminta, um campo de refugiados e as grandes festas”.
Este espírito de guerra, que afasta o homem de Deus, está também nas casas, lembrou o Santo Padre. Ele citou como exemplo tantas famílias em que pai e mãe não são capazes de encontrar o caminho da paz e preferem fazer a guerra.

“Hoje, proponho a vocês rezar pela paz (…) Os vossos risos – disse retomando o apóstolo Tiago – se transformem em luto e a vossa alegria em tristeza. Isso é o que deve fazer, hoje, 25 de fevereiro, um cristão diante de tantas guerras, em todo lugar: chorar, estar de luto, humilhar-se. O Senhor nos faça entender isso e nos salve de nos acostumarmos com as notícias de guerra”.

Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

25 de fevereiro

O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório.
O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã.
Mas depois do episódio do terremoto, onde teve sua vida salva pela graça de Deus, Cesário deixou a medicina e passou a dedicar tempo para a salvação das pessoas. Recebeu o batismo, viveu vida de penitente, mas faleceu jovem, em 369.
Em seu testamento deixou o desejo expresso de doar sua riqueza aos pobres. Em tudo serviu a Deus e soube amar Jesus Cristo mesmo em situações adversas. 

São Cesário de Nazianzo, rogai por nós!