sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


O ser humano não é forte senão por meio da união, e não é feliz senão por meio da paz.
Honoré-Gabriel de Riqueti

HOMILIA

Uma fé sem obras são só palavras, enfatiza Papa em homilia

“Uma fé que não dá fruto em obras não é fé”. Com esta afirmação, Papa Francisco iniciou a homilia desta sexta-feira, 21, na Casa Santa Marta.
Francisco retomou o que diz São Tiago na Primeira Leitura do dia, sobre o risco de existir cristãos que recitam as palavras do Credo e muito pouco as colocam em prática. Para Francisco, são claras as palavras de Tiago: a fé sem frutos na vida não é fé.
“Vocês podem conhecer todos os mandamentos, todas as profecias, todas as verdades de fé, mas se isto não é colocado em prática, se não se transforma em obras, não serve. Podemos recitar o Credo teoricamente, mesmo sem fé, e há tantas pessoas que fazem assim. Também os demônios! Os demônios conhecem muito bem o que se diz no Credo e sabem que é Verdade”
A diferença, segundo explicou Francisco, é que os demônios não têm fé, porque ter fé não é ter conhecimento, mas sim receber a mensagem de Deus, trazida por Jesus. No Evangelho, continuou o Papa, há dois sinais que revelam aquela pessoa que sabe que se deve crer, mas não tem fé.
O primeiro é o exemplo daqueles que perguntavam a Jesus se era permitido pagar os impostos ou qual dos sete irmãos do marido deveria esposar a mulher viúva. O segundo sinal é a ideologia, os cristãos que pensam a fé como um sistema de ideias. Em ambos os casos, trata-se de cristãos que conhecem a doutrina, mas sem fé.
Em contrapartida, há também no Evangelho exemplos de pessoas que não conhecem a doutrina, mas têm muita fé. O Papa citou o episódio da mulher Cananéia, que com a sua fé conseguiu a cura da filha vítima de uma possessão. Também a Samaritana, que abriu seu coração e encontrou Jesus ou o cego que foi curado por Cristo. Três exemplos, segundo o Papa, que demonstram que fé e testemunho são inseparáveis.
“A fé é um encontro com Jesus Cristo, com Deus, e dali nasce e te leva ao testemunho. É isto que o apóstolo quer dizer: uma fé sem obras, uma fé que não te envolve, que não te leva ao testemunho, não é fé. São palavras e nada mais que palavras”.
A celebração de hoje foi oferecida pelo Papa em ação de graças pelos 90 anos do Cardeal Silvano Piovanelli, arcebispo emérito de Florença (Itália) agradecendo-o pelo seu testemunho e bondade.

Fonte: Canção Nova


VATICANO

Papa inicia consistório com alertas em defesa da família


O Papa Francisco iniciou, nesta quinta-feira, 20, os trabalhos do consistório extraordinário que reúne os cardeais no Vaticano, entre hoje e amanhã. Na pauta do encontro, esteve a temática da família.
“Hoje, a família é desprezada, é maltratada, e o que nos é pedido é reconhecer como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; quanto é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, declarou o Pontífice.

: Íntegra das palavras do Papa
Segundo o Papa, os trabalhos destes dois dias devem colocar em evidência o plano luminoso de Deus para a família. “Ajudemos os esposos a vivê-lo com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os em meio a tantas dificuldades”, acrescentou.
Francisco sublinhou que a família é “a célula fundamental da sociedade humana”, convidando os participantes, nesta reunião, a ter sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e, ao mesmo tempo, tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida.
“Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; assim, a família se torna presente, no mundo, como reflexo de Deus, Uno e Trino”, precisou.
Em ano de assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada a este tema, o Papa defendeu a necessidade de aprofundar a teologia da família e a pastoral que se deve implementar nas condições atuais.
“Façamo-lo com profundidade e sem cairmos na ‘casuística’, porque decairia, inevitavelmente, o nível do nosso trabalho”, apelou.
Os trabalhos da reunião extraordinária vão continuar com uma intervenção do cardeal Walter Kasper. Francisco não deixou de fazer sua saudação e agradecimento aos cardeais presentes.
“Saúdo-vos cordialmente e, convosco, agradeço ao Senhor que nos proporciona estes dias de encontro e trabalho comum. Damos as boas-vindas de forma particular aos irmãos que vão ser criados cardeais, no sábado, e acompanhamo-los com a oração e a estima fraterna”, disse Francisco.


Fonte: Canção Nova

NA TERRA SANTA

Cristãos, judeus e muçulmanos peregrinam juntos pela paz
Uma delegação integrada por mais de 40 pessoas, representando judeus, cristãos e muçulmanos argentinos, realiza uma viagem pela Terra Santa, para levar seu modelo de respeito e convivência pacífica. O grupo, formado por 15 judeus, 15 muçulmanos e 15 cristãos, deverá percorrer Israel, Palestina e Jordânia, concluindo sua missão no dia 27, em Roma, quando serão recebidos pelo Papa Francisco.
“Ao invés de importar o conflito do Oriente Médio, queremos exportar a idéia de que cristãos, muçulmanos e judeus podem viver juntos”, declarou o Diretor Executivo do Congresso Judaico Latino-americano e incentivador da iniciativa, Claudio Epelman. O líder judeu sublinhou que o Pontífice argentino desempenhou “um papel muito significativo como Arcebispo de Buenos Aires” na criação e promoção do diálogo entre as religiões. “Ele impulsionou diversas iniciativas na Argentina, é um referencial obrigatório”, observou Epelman, manifestando orgulho de que o Papa Bergoglio viajará à Terra Santa com o passaporte argentino.
Na viagem ao Oriente Médio, o grupo terá a oportunidade de reunir-se com o Presidente de Israel, Shimon Peres, e na Jordânia com um membro da dinastia Hachemí, já que o Rei Abdullah II não poderá recebê-los. Estão também previstos ainda encontros com ONGs e a sociedade civil palestina e israelense.
No roteiro, também estão previstas visitas a lugares como o Museu do Holocausto, a Mesquita de Al Acqsa, a Via Sacra, o Santo Sepulcro e o Muro das Lamentações.
O primeiro encontro de alto nível teve lugar nesta quinta-feira, em Ramallah, onde o Primeiro-Ministro palestino Rami Hamdala, deu as boas vindas ao grupo com uma mensagem de esperança: “A Palestina é uma terra das três religiões, cristianismo, judaísmo e islamismo. E para mim, a religião é a tolerância”. Após, falou do compromisso da liderança palestina com a paz: “Não existe outra solução (que não chegar a um acordo com Israel), pois este é o nosso destino. Somos vizinhos, temos que viver juntos, um ao lado do outro, em paz e harmonia”. Após o encontro e a entrega de “um mate da paz” para recordar a visita, o grupo seguiu para Jerusalém.
O Padre Guillermo Marcó – da Arquidiocese de Buenos Aires e durante oito anos Porta-voz e Diretor de Comunicação no período do então Cardeal Jorge Begoglio -, revelou que o Pontífice foi informado dos preparativos da viagem. “Vamos visitar juntos nossos lugares sagrados e terminaremos com uma visita ao Papa Francisco, contando o que vimos, manifestando nossas orações e desejando que ele possa ser um protagonista importante da paz mundial”.
Junto ao Rabino Sergio Bergman, de Buenos Aires, o sacerdote mostrou sua confiança de que a mensagem de coexistência do grupo permita que “as três religiões abraâmicas celebrem finalmente um acordo de paz”.
O co-fundador e Presidente do Instituto de Diálogo Inter-religioso da Argentina, Omar Ahmed Abboud, declarou que como árabe-muçulmano “não somente é uma emoção pisar na terra palestina, mas também uma oportunidade para mostrar uma realidade que existe em outra parte do mundo, onde o diálogo inter-religioso já é uma construção”.
A comunidade árabe na Argentina é formada principalmente por sírios e libaneses, totalizando 3,5 milhões de pessoas, dos quais 700 mil são muçulmanos e o restante cristãos. A comunidade judaica, por sua vez, é uma das mais numerosas no mundo (fora de Israel), com cerca 200 mil pessoas. (JE)


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

21 de Fevereiro

O Santo deste dia é venerado como Doutor da Igreja, já que, pela doutrina e amor à Igreja, testemunhou sua vida de santidade. 
São Pedro Damião nasceu em Ravena em 1007. Teve uma infância sofrida devido à morte dos pais. Mais tarde foi acolhido pelo irmão mais velho até entrar na vida religiosa pela Ordem Camaldulense. São Pedro Damião lutou para reformar a vida religiosa, lutando contra a venda dos privilégios eclesiásticos e contra o concubinato. 
Pedro Damião dirigiu e fundou um grupo de mosteiros que seguiam, com certas variações, a reforma camaldulense. Trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na solidão e penitência. 
A partir de 1046 foi levado a trabalhar para a santificação de toda a Igreja de Cristo e começou a se tornar grande sua fama de santidade. 
Foi ordenado bispo e cardeal de Óstia, perto de Roma, de onde auxiliou muitos papas. Foi legado do Pontífice Gregório VII, visitador dos mosteiros, escritor, conselheiro, libertando a Igreja de seus vínculos temporais. Sua extensa obra teológica fez o Papa Leão XII reconhecê-lo com o título de doutor da Igreja. 

São Pedro Damião, rogai por nós!