quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


Quereria ter mil vidas para dedicá-las a essa nobre missão, embora enfrentando muitos aborrecimentos e dificuldades.
Venerável Ir. Tecla Merlo

REFLEXÃO

 O barco


Dois turistas, que estavam acampados na beira de uma lagoa, decidiram atravessar o lago para fazer uma visita ao boteco do lado oposto. Ficaram por lá boa parte da noite tomando umas e mais umas. Finalmente o bar fechou e eles foram obrigados a voltar para casa. Cambaleando, demoraram a encontrar o seu barquinho e, mais ainda, para sentarem-se nele. Pegaram nos remos e começaram a remar com força. Depois de duas horas, perceberam que ainda não tinham chegado.
- Não deveríamos ter alcançado o outro lado? - perguntou um deles ao amigo.
- Certamente - respondeu o segundo - mas talvez não remamos com a devida energia. Duplicaram os esforços por mais uma hora. Estavam exaustos, mas somente quando o dia começou a clarear perceberam que não tinham saído do lugar. Tinham esquecido de desamarrar a corda que segurava o barquinho ao trapiche.
Sem dúvida uma lei é como um caminho bem traçado pelo qual é possível avançar seguros. No entanto ela pode transformar-se numa corrente ou numa "corda" que nos prende e que nos impede de sair do lugar. Jesus, no evangelho deste domingo, diz-nos que não veio para abolir a Lei antiga, mas para dar sentido e pleno cumprimento a ela. Com efeito, uma lei mal entendida ou cumprida ao pé da letra pode nos deixar com a consciência tranquila, mas pode também nos afastar do seu próprio objetivo. Pelos próprios evangelhos aprendemos que Jesus muitas vezes agiu com extrema liberdade a respeito da lei e, por isso, foi criticado e condenado. Para ele, tinha algo de mais precioso que a mera observância de uma norma: a vida e o amor ao irmão sofredor ou pecador que fosse. O Deus Pai que Jesus veio nos revelar não era nem um fiscal e nem um juiz. Não era um Deus para poucos escolhidos, perfeitos e imaculados. Agora sabemos que Ele é, em primeiríssimo lugar, amor misericordioso, feliz por perdoar e alegre por acolher os caídos à beira das estradas da vida. O Deus, Pai de Jesus e Pai nosso, é um Deus consolador, bondoso e compassivo. Para entender isso precisamos nos libertar das amarras de uma lei fria, sem coração, uma lei que mata em lugar de dar vida. À lei antiga faltava mesmo o cumprimento que Jesus trouxe e que resume a própria lei e os profetas: o novo mandamento do amor.
Somente assim entendemos que não basta "não matar" o irmão. Jesus nos pede de respeitá-lo, de não cultivar raiva ou rancor. Com efeito, o ódio faz que "matemos" o irmão com o pensamento, que o condenemos com o nosso julgamento, que o apaguemos de nossa vida com o desprezo. Para nós é como se não existisse mais, é como se estivesse morto.
Também não devemos praticar um culto somente exterior. Não adianta apresentar uma oferenda bonita a Deus, se o nosso coração está cheio de pensamentos e projetos de vingança. Para que a nossa oferta seja agradável a Deus precisamos ter o coração em paz, precisamos estar reconciliados com os irmãos. Separar as práticas religiosas da nossa vida e dos nossos pensamentos significa esvaziar o culto, e deixar Deus fora da realidade torna inútil a fé. A nossa oração ganha o coração de Deus quando sabemos perdoar e aceitamos ser perdoados.
A fidelidade matrimonial também não pode ser mera fachada. Parar garantir isso precisa vigiar até sobre os próprios olhares e desejos. O amor conjugal deve ser alimentado todo dia pela honestidade e pela confiança recíproca. Quando não é mais motivado e mantido pelo amor, o matrimônio se torna realmente uma prisão insuportável e a convivência uma tortura. Se queremos sustentar a alegria da família, precisamos ter a coragem de cortar relações duvidosas, vícios perigosos e interesses escusos. É o tesouro do amor que sempre deve ser defendido.
A verdade deve resplandecer por si mesma, sem juramentos e inúteis palavreados. Para entrar no reino do céus, é necessário algo mais que a obediência a uma lei: é necessária a criatividade do amor. Muitas "cordas" ainda devem ser cortadas para sair do impasse do nosso comodismo disfarçado de obediência.

Dom Pedro José Conti
Colunista do Portal Ecclesia.


IGREJA EM DIA

Perfil do novo bispo de Caicó é de uma Igreja Católica em reforma para caminhar com o seu povo

O novo bispo da Diocese de Caicó é adepto a modos simples, e dispensa grandes regalias. Viu seu sacerdócio crescer, não nos grandes santuários, mas nas simples igrejas das favelas do Rio de Janeiro. Sua pregação, nem sempre acontecia nos altares, mas na maioria das vezes, entre os mais necessitados, apoiando trabalhos de recuperação de drogados, e outros excluídos pela sociedade. Antônio Carlos Cruz Santos, carioca de 52 anos passou na “peneira” do Papa Francisco, que por sinal tem adotado critérios mais rígidos na hora de escolher os novos bispos da Igreja Católica. Para alguns, a escolha de Antônio faz parte do processo de renovação da própria igreja, também no âmbito regional.
E Francisco avisou, muitos não quiseram ouvir. Tanto que quando esteve no Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude, no ano passado, Francisco se reuniu com padres e bispos e expôs sua preocupação com a nomeação dos futuros bispos da Igreja. Francisco também destacou a importância que os padres devem ter na colaboração durante as nomeações dos bispos.

Prestai atenção a fim de que os candidatos sejam Pastores próximos do povo: este é primeiro critério. Pastores próximos do povo! Aquele é um grande teólogo, tem uma mente grandiosa: que vá para a Universidade, onde fará muito bem! Pastores! Temos tantas necessidades de Pastores! Que sejam pais e irmãos, que sejam mansos, pacientes e misericordiosos; que amem a pobreza, interior como liberdade para o Senhor e também exterior, como simplicidade e austeridade de vida, que não sigam uma psicologia de Princípios”, já dizia Francisco.

PAPA FRANCISCO

Papa pede a católicos que não fofoquem após a missa


O papa Francisco pediu aos católicos nesta quarta-feira que não fiquem de "conversa fiada" após a missa do domingo, e disse que é melhor aqueles que não vão procurar "a misericórdia de Deus" deixarem de ir.
Ao longo da audiência geral semanal realizada na praça São Pedro, o Papa, didático como sempre, improvisou na sua catequese sobre "o grande número de dificuldades sociais" e as intempéries que "causaram enormes estragos em alguns bairros de Roma".
"Quando eu vou à missa, como eu vivo essa experiência?", perguntou Francisco aos milhares de fiéis, criticando a atitude indiferente de alguns católicos diante do problema dos outros.
"Talvez eu esteja ocupado demais jogando conversa fora: 'viu como ela está vestida? Olha como aquele está vestido!' Às vezes fazemos isso depois da missa, e não devemos", alfinetou.
A missa, que gira em torno do sacramento da eucaristia, é "somente um momento de festa, uma tradição sólida, uma oportunidade de encontrar as pessoas ou é algo a mais?", provocou o Papa.
Aquele que vai à missa, disse Francisco, não deve ir "porque ele se acha ou quer parecer melhor do que os outros, mas porque ele reconhece que precisa ser recebido e revigorado pela misericórdia de Deus".
"Se um de nós não acha que precisa da misericórdia de Deus, se ele não se considera um pecador, é melhor que ele não vá à missa", ressaltou o Papa.


Fonte: Exame.com

SANTO DO DIA

13 de fevereiro

A Santa de hoje pertencia a nobre família Ricci da Itália, onde nasceu em 1522, sendo batizada com o nome de Alexandria. Ainda pequena, com apenas 6 anos, fez uma experiência num convento e passou a chamar-se Catarina. Mas com o passar do tempo desistiu e voltou para casa, mas não perdeu a disciplina e o desejo da vida consagrada. 
Teve possibilidades de casamento, mas a vida consagrada pulsava no seu coração. Com a idade de 14 anos, Catarina procurou de novo a vida religiosa e entrou num mosteiro Dominicano. No convento Catarina viveu a pura alegria, o sofrimento, humildade e desejo profundo de imitar Santa Catarina de Sena. O seu modelo de espiritualidade era Jesus Crucificado. Contemplava de tal forma sua paixão e morte que alcançou a graça de comungar misticamente com seu sofrimentos. 
Os dons místicos de Santa Catarina não eram motivo de orgulho. Sua vida comunitária era tão encarnada no Evangelho que chegou a ser no convento mestra de noviços e superiora por mais de quarenta anos. 
Mulher santa, equilibrada e de espírito engenhoso, Santa Catarina de Ricci era amiga de santos homens, entre eles os papas Marcelo II, Clemente VIII e Leão XI. Também manteve correspondências com São Felipe Néri e São Carlos Borromeu. Era grande conselheira espiritual.
Foi fecunda escritora. Recomendava o domínio de si , a luta e a mortificação dos sentidos para se abrir a graça da alegria e paz. Santa Catarina de Ricci recomendava a devoção à sagrada paixão e morte de Cristo, também a docilidade ao Espírito Santo para se chegar ao total abandono aos braços do Pai e sua Vontade. 
Morreu em 1590. Foi beatificada em 1732 pelo Papa Clemente XII e canonizada em 1746 pelo Papa Benedito XIV. 
Santa Catarina de Ricci, rogai por nós!