terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


Pelo trabalho a pessoa completa sua própria criação: torna-se criador e plenamente humano.
Oscar Arnulfo Romero e Galdames

BENTO XVI

Bento XVI, um ano de silêncio


O Papa emérito Bento XVI, que anunciou a sua renúncia ao pontificado a 11 de fevereiro de 2013, está a manter uma vida de recolhimento e silêncio público vista como “exemplar” por responsáveis e especialistas católicos. 
Dom Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, vê nesta atitude uma “enorme coerência” por parte do Papa alemão. 
“Ele tem sido exemplar, como Papa emérito, como foi exemplar no exercício do pontificado, dentro daquilo que é a sua maneira de ver e sentir as coisas, quer na lucidez com que considerou que não estava em condições de exercer um ministério tão exigente”, refere à Agência Ecclesia. 
Bento XVI apresentou a sua renúncia durante uma reunião com várias dezenas de cardeais, que tinha sido convocada para aprovar a canonização de três beatos: o agora Papa emérito afirmou, em latim, que as suas forças devido à idade avançada, já não eram “idóneas” para exercer adequadamente o seu ministério, que chegaria ao fim a 28 de fevereiro. 
O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), padre José Tolentino Mendonça, define a renúncia de Bento XVI ao pontificado como um gesto “profético”. 
“É um grande gesto profético porque mostra que a vida não acaba com a chamada vida ativa em que fazemos, produzimos, construímos mas que a vida humana também precisa de outras dimensões: o testemunho que ele dá é um testemunho de humildade, de desprendimento mas de uma grande sabedoria espiritual”, assinala. 
Para o franciscano Joaquim Carreira das Neves, biblista e teólogo, o silêncio de Bento XVI é agora o de um monge. 
“Eu vejo este deserto do Papa como um deserto a florir no meio da própria Igreja”, sustenta. 
Rita Figueiras, professora e investigadora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, destaca a opção de Bento XVI de abdicar por completo de qualquer espaço no “palco mediático”. 
“Há aqui um efeito poderoso do silêncio: no momento em que todas as pessoas podem ter acesso ao espaço público, em que é extremamente acessível mostrar uma imagem ou uma opinião, o que é mais significativo é a opção de não o fazer”, afirma à Agência Ecclesia. 
O Papa emérito tem sido alvo de críticas em várias publicações e nas redes sociais, fruto de várias comparações ao seu sucessor, Francisco. 
O mais recente episódio envolveu a revista norte-americana «Rolling Stone», que faz manchete com o Papa Francisco, na sua edição de fevereiro, e elogia a sua “revolução suave” num artigo que ridiculariza Bento XVI. 
Segundo o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a publicação “desqualifica-se a si mesma”, lamentando em particular as críticas “surpreendentemente agrestes” ao Papa emérito, que chega a ser comparado a uma personagem de um filme de terror. 
Rita Figueiras entende que este contraponto entre os dois Papas decorre do próprio discurso dos media: “Nesta fase da narrativa, digamos assim, a narrativa é da diferença. Julgo que virá o dia em que a narrativa será o que é que há de próximo”. 
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, considera que o recolhimento a que Bento XVI se entregou tem um significado profundo. 
“Saber viver a nossa dimensão profunda, darmos atenção a Deus, aos outros, sem vivermos num rodopio, é um exemplo para nós que estamos empenhados em fazer tantas coisas”, declara. 

Com informaçoes Agência Ecclesia

Da redação do Portal Ecclesia.

IGREJA

IGREJA CATÓLICA CELEBRA DIA MUNDIAL DO ENFERMO

Nesta terça feira, 11, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial do Enfermo. A data foi instituída por João Paulo II em 1992.
O 22º Dia Mundial do Enfermo tem como tema: “Fé e caridade – também nós devemos dar a vida pelos irmãos”. Na mensagem para a ocasião, publicada em dezembro de 2013, o Papa Francisco dirige-se, de modo particular, às pessoas doentes e a todos os que prestam assistência e cuidados aos enfermos.
O Santo Padre destaca na mensagem que todos os batizados são convidados a esse chamado de zelar pelos que sofrem com enfermidades. ”Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus às contradições do mundo”.
Francisco termina a mensagem pedindo a intercessão da Virgem Maria e abençoando a todos os enfermos e pessoas envolvidas nos sistemas de saúde.  “Confio este 22º Dia Mundial do Doente à intercessão de Maria, para que ajude as pessoas doentes a viver o próprio sofrimento em comunhão com Jesus Cristo. A todos, doentes, agentes no campo da saúde e voluntários, concedo de coração a Bênção Apostólica”.

Desde 1992, o Dia Mundial do Enfermo é celebrado no dia 11 de fevereiro, quando foi instituído pelo Beato João Paulo II.

RELIGIÃO

Via twitter, Francisco pede orações por Bento XVI

No dia em que se recorda a renúncia de Bento XVI, o Papa Francisco pediu orações por seu predecessor. “Hoje convido-vos a rezar juntos comigo por Sua Santidade Bento XVI, um homem de grande coragem e humildade”, escreveu Francisco em sua conta no twitter.
Há exatamente um ano, a Igreja e mundo presenciavam um fato histórico: a renúncia de um Papa. Em 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI anunciava o fim de seu ministério petrino.

“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino”, disse Bento XVI explicando o motivo de sua decisão.

Fonte: Canção Nova

1 ANO DE RENÚNCIA

O dia em que Bento XVI mudou a história da Igreja

Em 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI anunciou perante os cardeais reunidos na Sala Clementina que renunciava o seu pontificado, uma decisão que comoveu o mundo e que mudaria a história da Igreja.
Os religiosos estavam convocados para às 9h da manhã (hora local) escutar os comunicados do papa sobre três causas de canonização, mas Bento XVI com voz baixa e carregada de emoção pronunciou 22 linhas escritas em Latim que caíram como "um raio no céu sereno", como disse o decano dos cardeais, Angelo Sodano.
"Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, em plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma", falou em Latim Joseph Ratzinger deixando os cardeais pálidos.
O papa tinha iniciado o discurso sabendo que sua decisão seria "de grande importância para a vida da Igreja".
"Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino", disse Bento XVI, que com 85 anos.
Após o discurso, o papa foi abraçado pelo cardeal Sodano e se dirigiu aos seus aposentos no palácio pontifício, onde, asseguram, não conseguiu esconder a emoção e chorou perante uma decisão surpreendente, sem precedentes na história moderna da Igreja, e tomada com total autonomia e absoluta solidão.
Enquanto ainda reinava o silêncio entre os religiosos, a notícia chegou ao mundo graças a Giovanna Chirri, jornalista vaticanista da agência ANSA que, domina o Latim e, ao ouvir a frase "ingravescente aetate" (avançada idade) e a data de 28 de fevereiro imaginou o que estava acontecendo.
"Sim, você entendeu bem. O papa renuncia", confirmou o porta-voz do escritório de imprensa do Vaticano, Federico Lombardi. E a notícia correu o mundo.
Na Praça de São Pedro, romanos, turistas e curiosos expressavam surpresa pelo gesto do pontífice, e muitos deixavam transparecer a comoção perante a "seguramente sofrida decisão" de Bento XVI.
Foram suspensas todas as atividades, e o papa ficou aguardando que a renúncia fosse efetivada em 28 de fevereiro, faltando só acertar os detalhes junto ao Vaticano de como seria administrada a inédita situação criada.
Joseph Ratzinger meditava há muito tempo sobre a decisão e, inclusive, tinha adiantado o fato no livro-entrevista "Luz do mundo" (2010) do jornalista Peter Seewald.
Diante da pergunta: "Portanto, é imaginável uma situação na qual sua santidade considera oportuno que o papa se demita?"
Bento XVI respondeu: "Sim, quando um papa chega à clara consciência de não ser mais capaz física, mental e espiritualmente para realizar o encargo que lhe foi confiado, então ele tem o direito, e em algumas circunstâncias até o dever de renunciar."
As pessoas estavam acostumadas à imagem de João Paulo II, que como lembrava sempre seu secretário, o cardeal polonês Stanislaw Dziwisz, "nunca desceu da cruz". Por isso, o gesto de Bento XVI, que parecia com boa saúde e em plenas faculdades intelectuais, suscitou hipótese e comentários de tudo tipo.
"Não tínhamos táticas, escrituras, notas ou material sobre que aconteceria porque pouco se sabia da última decisão de renúncia voluntária, a do monge beneditino Pietro di Morrone, que mais tarde seria o papa Celestino V e que, afligido pelas exigências, renunciou após cinco meses de pontificado em 1294", explicou em um recente artigo o padre americano Thomas Rosica.
Rosica, uma das pessoas responsáveis por informar na Sala de Imprensa da Santa Sé durante todo o período da chamada Sé Vacante, não entra no mérito da decisão, mas explica que Bento XVI deixou a mensagem que "não se pode estar encadeado à história".
E destacou como "um homem que foi considerado o paladino da tradição e que levou o rótulo de "conservador", nos deixou com um dos gestos mais progressistas feitos por qualquer papa".
Na noite do dia da renúncia, um forte temporal atingiu Roma. Alessandro Di Meo, um fotógrafo, registrou a imagem de um raio que caiu sobre a cúpula do Vaticano - como nas palavras de Sodano - que se transformou em um dos símbolos de uma das decisões que marcaram a história.
Fonte: Exame.com


SANTO DO DIA

11 de fevereiro

Hoje queremos falar de Nossa Senhora de Lourdes, que recebeu este título pelo fato de ter aparecido nesta cidade, localizada na França. 
A aparição de Maria aconteceu no dia 11 de fevereiro de 1858, numa tarde úmida e fria. A menina Bernadette, de 14 anos e analfabeta, estava procurando gravetos para o lar e teve o privilégio do encontro com Maria. Ela sentiu-se atraída por uma luz que saía de uma gruta, onde estava uma linda mulher de branco, com faixa azul , terço na mão, que a convidava a rezar. 
A quem lhe perguntava como era a Senhora, Bernadette fazia esta descrição: «Tem as feições duma donzela de 16 ou 17 anos.
Um vestido branco cingido com faixa azul até aos pés. Traz na cabeça véu igualmente branco, que mal deixa ver os cabelos, caindo-lhe pelas costas. Vem descalça, mas as últimas dobras do vestido encobrem-lhe um pouco os pés. Na ponta de cada um sobressai uma rosa dourada. Do braço direito pende um rosário de contas brancas encadeadas em ouro, brilhante como as duas rosas dos pés». 
Como era de se esperar, ninguém acreditou na história de Bernadette, mas as aparições continuaram a se repetir. Em 25 de fevereiro, a Senhora pediu a Bernadette que raspasse um lugar na rocha para beber água. A menina obedeceu, raspou a pedra com as unhas e dali brotou um filete de água: a fonte milagrosa de Lourdes. 
Curiosa sobre a identidade da mulher com quem conversava, Bernadette perguntou quem era ela. A resposta veio através da voz calma da Virgem: "Eu sou a Imaculada Conceição". 
Preocupados com a história de Bernadette, que dizia ser necessário construir uma capela no local da gruta, as autoridades civis e religiosas acabaram por interditar a gruta de Lourdes. 
Mas aparições continuaram até dia 10 de julho de 1858. Ao todo foram 18 aparições. A mensagem de Nossa Senhora de Lourdes consistia no chamado a conversão, oração do terço e principalmente confirmação do Dogma da Imaculada Conceição, tinha sido declarado pela Igreja em 1854. 
Maria, Mãe de Lourdes, embora seja inimiga do pecado, é amiga dos pecadores. Ela sabe dos sofrimentos e angústias que abatem sobre aqueles que são esmagados pelo peso dos erros cometidos no dia-a-dia, mas seu convite é sempre o mesmo: o melhor meio de realizar uma vida feliz é o encontro com o caminho do meu Filho Jesus. Reduzida à sua expressão mais simples, a mensagem de Lourdes pode ser sintetizada como a Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores. 
Desde 1858 até hoje, contínuas multidões se têm reunido em Lourdes, que se tornou o maior santuário da França. Em 1925, o Papa Pio XI declarou Bernadette bem-aventurada e, em 1933, tornou-a santa. A festa de Nossa Senhora de Lourdes é celebrada hoje, dia 11 de fevereiro. O Santuário que é marco do amor da Mãe que vem nos ajudar, e nele alcançado por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes muitas graças. 

É comum encontrarmos em nossas cidades pequenas grutas, construídas pelos devotos de Nossa Senhora de Lourdes. Estes locais são ambientes de oração e fé e mostram a profunda fé de nosso povo na Virgem Maria. Nestas grutas não faltam as imagens de Maria e da pequena Bernadette, além da água cristalina e de flores e folhagens, formando um lugar privilegiado do encontro com Deus. 
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!