segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA



Ide, levai o Evangelho a todas as pessoas, os vossos passos serão contados no céu.
Venerável Ir. Tecla Merlo

MENSAGEM PARA A JMJ 2014

Papa pede que jovens rejeitem cultura do provisório

O Vaticano publicou nesta quinta-feira, 6, a mensagem do Papa Francisco para a 29ª Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em 13 de abril de 2014 em âmbito diocesano. O tema da mensagem vem do Evangelho de Mateus: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5, 3).
Até a JMJ 2016, na Polônia, que será em âmbito internacional, o Pontífice quer refletir com os jovens sobre as Bem-aventuranças, que trazem, segundo ele, uma novidade revolucionária. Isso porque propõem um modelo de felicidade oposto ao que é comumente transmitido pelo mundo.
“Queridos jovens, Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria. Trata-se dum grande desafio de fé”.
O Papa encoraja os jovens a desejarem coisas grandes, ampliarem seus corações, o que os fará rejeitarem as numerosas ofertas de felicidade “a baixo preço” que se encontram ao seu redor.
“Tende a coragem de ir contra a corrente. Tende a coragem da verdadeira felicidade! Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida”.
Francisco também explica aos jovens o significado de ser “pobres em espírito”, recordando que o próprio Cristo escolheu um caminho de pobreza, de despojamento e citando também São Francisco de Assis, que imitou a pobreza de Cristo e Seu amor pelos pobres.
Para transformar essa pobreza em estilo de vida, o Papa indica aos jovens três pontos: ser sóbrio, não se deixando levar pela cultura do consumo; colocar a solidariedade no centro da cultura humana e aprender com a sabedoria dos pobres.
“Os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. (…) Ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária. (…) Os pobres podem ensinar-nos muito também sobre a humildade e a confiança em Deus”.
A pobreza em espírito orienta a relação com Deus, lembrou Francisco, dizendo que há uma relação entre pobreza e evangelização. Neste ponto, ele retoma o tema da última Jornada: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19)
“O Senhor quer uma Igreja pobre, que evangelize os pobres. A pobreza evangélica é condição fundamental para que o Reino de Deus se estenda. As alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida eram de pessoas pobres que tinham pouco a que se agarrar. A evangelização, no nosso tempo, só será possível por contágio de alegria”.

Fonte: Canção Nova

BENTO XVI

Renúncia de Bento XVI completam 1 ano na próxima terça-feira


O declínio da "era Ratzinger", marcada por escândalos e vazamentos de informações, culminou de forma inesperada com as palavras pronunciadas em latim por Bento XVI com as quais renunciou como papa, um acontecimento histórico que na próxima terça-feira completará um ano.
Bento XVI foi o papa da fumaça cinza que, em uma tarde de abril de 2005, emanou da chaminé colocada no telhado da Capela Sistina e que sumiu na incerteza aos fiéis congregados na Praça de São Pedro. Eles não conseguiam confirmar se era branca ou preta, se o conclave havia escolhido o papa ou não.
Os sinos da basílica anunciaram finalmente a resolução do primeiro conclave do terceiro milênio e acompanharam Bento, que, assomado à sacada central do templo, cumprimentava exultante e com os braços para o alto os fiéis e peregrinos.
O então papa - e hoje papa emérito - não demorou a demonstrar sua personalidade minuciosa que caracterizou seu pontificado, no qual lembrou que o inferno existe e facilitou a celebração litúrgica segundo o rito tridentino, em latim.
Bento não tinha a personalidade midiática de seu antecessor, João Paulo II, nem de seu sucessor, Francisco, mas sua indiscutível altura intelectual lhe levou a protagonizar históricos debates e discursos como o pronunciado na Universidade de Regensburg, em 2006.
No entanto, o líder religioso, humanista de gostos refinados, teve que enfrentar terremotos que eclodiram no seio da Igreja, como os abusos sexuais de religiosos a menores e o roubo e a difusão de documentos privados das residências pontifícios, que indicavam conflitos internos na Santa Sé.
Estas cartas privadas foram publicadas pelo jornalista italiano Gianluigi Nuzzi e fornecidas por um dos homens mais próximos a Bento XVI, seu mordomo, Paolo Gabriele, que passou a ser conhecido como "o Corvo" da Santa Sé.
Sua revelação provocou um escândalo de grandes dimensões que entrou para a história com o nome de "Vatileaks" e que o próprio Nuzzi explicou em seu livro "Sua Santità" (2012).
Em umas declarações à Agência Efe, Nuzzi afirmou que o livro contribuiu para acelerar um processo de mudança que, no entanto, encontrou muitas resistências escondidas na Cúria. Na opinião dele, "o papa estava só e nem sempre bem informado".
"Os documentos publicados não só revelam escândalos, mas evidenciam a fragilidade do pontificado de Bento XVI", destacou o jornalista.
Além disso, Nuzzi afirmou à Efe que a revelação dos documentos fez com que todos os integrantes da Igreja se perguntassem por que essas situações aconteciam e por que o papa não entrava em ação.
O próprio Tarcisio Bertone, que fora secretário de Estado durante o pontificado de Bento, lamentou recentemente não ter sido capaz de frear os ataques "impiedosos" contra o papa.
"Ele (Bento) viveu uma época de sofrimento", afirmou Bertone, que completou dizendo que espera que o "Vatileaks já seja um episódio fechado na história da Igreja.
Ratzinger também teve que abordar a explosão dos escândalos de abusos sexuais a menores por parte de membros do clero, um feito do qual já tinha conhecimento e investigou quando era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, como o caso dos Legionários de Cristo.
Em 2006, ele exigiu ao fundador dessa congregação, Marcial Maciel, que renunciasse "a todo Ministério público" por ser investigado por abusos sexuais a seminaristas, e em 2010 ordenou que a congregação fosse investigada.
Em 19 de novembro de 2010, o papa convocou em Roma todos os membros do Colégio Cardinalício para tratar dos casos de pedofilia em uma "cúpula" sem precedentes na história da Igreja.
No âmbito econômico, também adotou medidas contra a lavagem de dinheiro no Instituto para Obras de Religião (IOR), conhecido como banco vaticano, também envolvido no caso Vatileaks.
Como disse Nuzzi, Bento XVI estava solitário, cansado e muito lúcido. Então, em uma nebulosa manhã de fevereiro de 2013, na Sala Clementina do Vaticano e diante dos cardeais que assistiam ao anúncio de novos canonizações, anunciou em latim que, "pelo bem da Igreja" e dada sua "idade avançada", renunciava a seu pontificado.
A decisão foi um terremoto que revelou a verdadeira natureza de um papa consciente da importância de um bom Governo em uma Igreja doente.

Fonte: Exame.com

REFLEXÃO

A logística do amor: um estudo

O amor é o grande tesouro que está no céu do nosso interior. Quando nos predispomos, em tom oratório, a discursar sobre o amor, nossa consciência assume a direção de operacionar o que registramos, chamando a atenção de todo o nosso ser. Nossos sentimentos, igual compartimentos, gerenciam o que de mais valia temos, a coragem de dispor, com antecipação, alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. Nosso coração, em seus mais belos ritmos, oferece-nos o sangue, serpenteando todos os caminhos do corpo, levando-nos ao oceano da vida. Quem sente este afeto familiariza-se consigo mesmo e com os outros. Saint-Exupéry alimenta nossas qualidades morais: "O amor não consiste em fitar um ao outro, mas em olhar juntos na mesma direção". Já Balzac nos presenteia com outra perspectiva: "O amor é a única paixão que não admite nem passado nem futuro". O amor é bem maior do que toda a aritmética e álgebra.

Quem se amedronta a falar de amor, se esconde nos muros do medo. O amor já levou muita gente a mudar de vida a ter novas atitudes a se descobrir. Lembremo-nos de Jesus de Nazaré quando perdoou a mulher pecadora (Jo 8, 1-11). Em sua metodologia não estava um passado que recriminava, julgava, escondendo-se na hipocrisia de uma lei, mas no amor maior de dizer: "Quem não tem culpa atire a primeira pedra" (Jo 8, 7). O amor vai além do pensar, julgar e agir. É bálsamo que cura, limpa a ferida, enobrece o coração, valoriza os sentimentos, e dá paz à consciência. Garante-nos Guiraut de Borneilh: "Assim, pelos olhos, o amor atinge o coração. Os olhos são os espiões do coração vão investigando o que agradaria a este possuir. Quando entram em pleno acordo se harmonizam. Nesse instante nasce o amor perfeito, daquilo que os olhos tornaram bem-vindo ao coração. O amor não pode nascer nem ter início senão no pendor natural. Essa fonte segue clara dando esperança e conforto aos seus amigos. O amor é fruto das três sementes plantadas, vale dizer: da consciência, dos sentimentos e do coração". O amor é mais do que um conjunto de sistemas e algarismos aplicados à lógica.

Emoldurar-se no amor é, pintar com as mais eloqüentes cores, a arte de dirigir o espírito na investigação da verdade. Este grande tesouro está no céu do nosso interior. Quem nele acumula ódios, rancores, vinganças, empobrece o que ele arrecadou. O amor valoriza a força de vontade quando nos empenhamos de verdade a mudar de vida. Assim aconteceu com a cura dos dois cegos (Mt 9, 27ss) e do possesso mudo (Mt 9, 32ss). O amor precisa ser uma página em branco onde todos os dias escrevo a verdade de minhas ações e o real do meu existir. Louise Hay declara: "O amor vem de onde menos se espera quando não se está procurando por ele. Sair à procura do amor nunca resulta na chegada do certo e só cria melancolia e infelicidade. O amor nunca está fora, mas dentro de nós". Jesus chama-nos para a confiança quando as tempestades da vida parecem nos assolar (Mt 8, 23-27). O amor sempre vence. Pensemos nisso.

Cônego Manuel Quitério de Azevedo

Colunista do Portal Ecclesia

SANTO DO DIA

10 de fevereiro

Hoje celebramos a memória de Santa Escolástica, irmã gêmea do grande São Bento, pai do monaquismo. Esta grande santa nasceu na Úmbria, região central da Itália, no ano de 480.
Santa Escolástica foi uma mulher de grande espírito de oração e busca de santidade. Junto com seu irmão São Bento, tornou-se a fundadora de vários mosteiros femininos que também seguiam a Regra de vida monástica do irmão. Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivadora da oração, temente a Deus e inimiga do espírito do mundo e das vaidades.
Relata-nos o Papa São Gregório Magno que Escolástica e Bento, embora morassem pertinho, encontravam-se para diálogos santos apenas uma vez ao ano. Numa dessas visitas, pressentindo que o dia de seu encontro com o Pai Eterno estava próximo, Escolástica pediu ao irmão que ficasse com ela até o amanhecer, mas foi repreendida pelo irmão, pois isto seria uma transgressão da Regra do mosteiro.
Diante da resposta negativa do irmão, Santa Escolástica entrelaçou as mãos, abaixou a cabeça e rapidamente conversou com Deus. De repente armou um tamanha tempestade fora do lugar do encontro , que São Bento ficou impedido de sair com seus irmãos. Diante do olhar de espanto do irmão, Escolástica disse-lhe: "Pedi a você e você não me ouviu; pedi ao Senhor e ele me ouviu. Vá embora, se puder, volte ao seu mosteiro". Alguns dias depois, São Bento teve uma visão da irmã, que rumava ao céu com vestes brancas. Quarenta dias depois, o próprio São Bento também rumou para a Vida Eterna em Deus.

O corpo de Escolástica foi transportado para o mosteiro de São Bento, e sepultado no túmulo que o santo abade tinha mandado preparar para si. Escolástica morreu em 543, na idade de 63 anos. 
Santa Escolástica quando se achava em grandes tribulações fixava o olhar no Crucifixo. Este olhar trazia-lhe consolo e coragem para vencer todas as dificuldades. Ela dizia que um único olhar sobre a imagem do Crucificado tirava-lhe toda a aflição e suavizava-lhe o sofrimento. 
Santa Escolástica, rogai por nós!