segunda-feira, 26 de maio de 2014

EM MISSA NA TERRA SANTA

Papa pede defesa das crianças desde o ventre materno

O Papa Francisco presidiu a Santa Missa, deste domingo, 25, na Praça da Manjedoura, em Belém, local onde, segundo a tradição cristã, Jesus nasceu. A Celebração faz parte das atividades do Santo Padre, em sua visita à Terra Santa, que prossegue até esta segunda-feira, 26.
Na homilia, o Pontífice refletiu sobre a citação do Evangelho que diz: “Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lc 2, 12). E ressaltou que, o menino Jesus, que nasceu em Belém, foi “o sinal dado por Deus” a quem esperava a salvação, entretanto, é um sinal que permanece para sempre, “da ternura de Deus e da sua presença no mundo”.
Francisco explicou que também hoje as crianças são um sinal de esperança, de vida e também um “diagnóstico” para compreender o estado de saúde de uma família ou sociedade. “Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”, disse.
O Menino de Belém é frágil, como todos os recém-nascidos, por isso, destacou o Papa, como qualquer criança, ele precisa ser ajudado e protegido. “Também hoje as crianças precisam de ser acolhidas e defendidas, desde o ventre materno”.
O Pontífice chamou a atenção para uma realidade contraditória: neste mundo que desenvolveu as tecnologias mais sofisticadas, ainda há muitas crianças que vivem em condições desumanas, à margem da sociedade. Há crianças maltratadas, exploradas, escravizadas, vítimas de violência e de tráficos ilícitos ou ainda, crianças exiladas, refugiadas, que, por vezes, acabaram vítimas de naufrágios. “De tudo isto nos envergonhamos hoje diante de Deus. Deus que Se fez Menino”, enfatizou.
Francisco questionou os fiéis sobre qual sua atitude diante de Jesus Menino: São como Maria e José que acolhem e cuidam de Jesus ou como Herodes que quer matá-lo? São como os pastores, que se apressam para adorá-lo ou ficam indiferentes?
Talvez aquela criança chore, diz o Papa, por fome, frio ou porque quer colo. “Também, hoje, as crianças choram (e choram muito!), e o seu choro interpela-nos. Num mundo que descarta diariamente toneladas de alimentos e remédios, há crianças que choram, sem ser preciso, por fome e doenças facilmente curáveis”, alertou.
Cada criança que nasce e cresce, explicou o Pontífice, é sinal de diagnóstico, que permite verificar o estado de saúde de sua família, de sua comunidade e sua nação. “Deste diagnóstico franco e honesto, pode brotar um novo estilo de vida, onde as relações deixem de ser de conflito, de opressão, de consumismo, para serem relações de fraternidade, de perdão e reconciliação, de partilha e de amor”, concluiu.
Após a Santa Missa, Francisco almoçou com algumas famílias da Palestina no Convento Franciscano de Casa Nova em Belém. Ainda nesta manhã, o Papa encontrou-se com as autoridades palestinas e reiterou seu pedido de paz e liberdade religiosa.


Fonte: Canção Nova

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