sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


Semeai amor e alegria, e nunca vos queixareis da vida.
Orison Swett Marden

HOMILIA DO PAPA


Acompanhar, não condenar, quem fracassou no amor, pede Papa


Acompanhar, não condenar, quem fracassou no amor, pede PapapNa homilia desta sexta-feira, 28, na Casa Santa Marta, Papa Francisco concentrou-se sobre a beleza do matrimônio, advertindo que é preciso acompanhar, e não condenar quem experimentou o fracasso no amor. Ele também enfatizou que Cristo é o Esposo da Igreja e, assim sendo, não se pode entender um sem o Outro.
A reflexão partiu do Evangelho do dia, em que os fariseus questionam Jesus sobre o divórcio. Trata-se de uma armadilha para Jesus a fim de tirar sua autoridade moral, explicou Francisco. “Esta é a armadilha: por trás da casuística, sempre há uma armadilha. Sempre! Contra o povo, contra nós e contra Deus, sempre! ‘Mas é permitido fazer isto? Divorciar-se da própria mulher?’”.
A resposta de Jesus, conforme explicou Francisco, vai além da casuística, atinge o centro do problema. Jesus remete aos dias da Criação, à “obra-prima da Criação”, lembrando que Deus fez o homem e a mulher, para que se unissem e formassem uma só carne.
“O Senhor toma este amor da obra-prima da Criação para explicar o amor que tem pelo seu povo. E um passo a mais: quando Paulo precisa explicar o mistério de Cristo, fá-lo em relação, em referência à sua Esposa: porque Cristo casou-se com a Igreja, o seu povo”.
Esta é, segundo Francisco, a história do amor, da obra-prima da Criação. Mas quando esse “fazer-se uma só carne” falha, porque muitas vezes isso acontece, o Papa disse que é preciso sentir essa dor do fracasso e acompanhar quem sofre com essa situação. “Acompanhar aquelas pessoas que tiveram esse fracasso no próprio amor. Não condenar! Caminhar com eles!”.
Quando alguém lê isso, foi a reflexão do Pontífice, pensa neste plano de amor, neste caminho de amor do matrimônio cristão, que Deus abençoou na obra-prima da sua Criação.
“Quando alguém pensa nisso vê quão belo é o amor, quão belo é o matrimônio, quão bela é a família, quão belo é este caminho e quanto amor também nós, quanta proximidade devemos ter pelos irmãos e irmãs que na vida tiveram o infortúnio de um fracasso no amor”.
Referindo-se, por fim, a São Paulo, Papa Francisco destacou a beleza do amor que Cristo tem pela sua esposa, a Igreja.
“Também aqui devemos estar atentos para que não falhe o amor! Cristo esposou a Igreja! E não se pode entender Cristo sem a Igreja e não se pode entender a Igreja sem Cristo. Este é o grande mistério da obra-prima da Criação. Que o Senhor dê a todos nós a graça de entendê-lo e também a graça de nunca cair nestes comportamentos casuísticos dos fariseus, dos doutores da lei”.


Fonte: Canção Nova

REFLEXÃO

Mudança de estação
A seca e o calor destes dias, em todo o Brasil, nos fazem experimentar de maneira mais intensa o fenômeno natural da mudança de estação. Às vezes o contraste impressiona . A natureza sabe nos surpreender. E de um momento para outro, da angústia se passa para o alívio. 
Quando finalmente aparece a estação das chuvas, a natureza reencontra suas energias. E se abrem novas possibilidades de lançar as sementes.
O que se passa na natureza, pode acontecer com a Igreja, pode acontecer com a sociedade. Precisamos estar atentos à “propícia estação”.
Nestes dias está se completando um ano da renúncia do Papa Bento 16, e da eleição do Papa Francisco. 
Se acionamos a memória, e olhamos o que se passou neste ano, nos damos conta da intensidade dos acontecimentos, e da força que os aglutina, como frutos de uma inesperada primavera eclesial.
Basta recordar o impacto positivo provocado pela renúncia de Bento 16. E sobretudo a repercussão que teve a eleição do Papa Francisco, com seus gestos iniciais, carregados de simbolismo, sinalizando a retomada do impulso renovador desencadeado pelo Concílio, mas que vinha perdendo força na medida das dificuldades de sua implementação.
De fato, dá para dizer que começou uma nova estação para a Igreja. Sobretudo pela figura, pela força moral, e pelo testemunho do Papa Francisco. Ele teve a grande intuição de relançar o projeto de renovação da Igreja, levando em conta o esforço já feito, mas contando sobretudo com os ventos favoráveis do momento que a Igreja passou a viver, a partir da inesperada renúncia do Papa Bento, e também da inesperada eleição do Papa Francisco.
Como acontece com a natureza, a força de renovação brota de dentro, mas a colheita depende muito do que o agricultor semear, no tempo oportuno, favorecido pelas circunstâncias, no clima propício de nova estação.
Já passou um ano deste novo ciclo que a Igreja vem vivendo; Aguardam-se para este segundo ano algumas iniciativas de ordem mais estrutural Elas servirão de alento para mudanças mais significativas da organização da Igreja, visando incentivar sua missão de ser portadora da mensagem evangélica para todas as pessoas, em qualquer situação que se encontrem.
Comparando agora com a situação da sociedade, parece haver um claro contraste. Cabe à saberia política, orquestrar os acontecimentos, de tal modo que se valorize o que existe de positivo, e se coíba o que prejudica o bem comum.
O que não se pode é deixar que as coisas aconteçam, para depois correr atrás do prejuízo. Como na agricultura: se deixamos a natureza por conta própria, o inço acaba tomando conta de tudo.
Como nação brasileira, nesta época de grandes possibilidades de crescimento com maior justiça social, somos chamados a ser bons agricultores. Vamos cuidar das boas sementes, e neutralizar o inço daninho. 
Vamos assumir os valores, vamos coibir os abusos. Não vamos permitir que se transforme em inverno a primavera que recém começou. 

Dom Luiz Demétrio Valentini

Colunista do Portal Ecclesia.

SANTO DO DIA

28 de fevereiro

Serapião foi um grande monge e bispo de Thmuis, no Egito. Temos poucas informações sobre ele, mas sabemos que estudo na escola catequética de Alexandria. Aí conheceu Santo Antão, de quem se fez discípulo e de quem herdou uma túnica de pêlo. São Serapião também foi grande amigo de Atanásio e lutou contra o arianismo.
Quando recebeu a indicação para tornar-se bispo, São Serapião mostrou um pouco triste em ter que abandonar a vida monástica. Para ele a vida de perfeição cristã era a vida do monge.
O santo que hoje comemoramos escreveu muitos livros e cartas pastorais. Quando Atanásio foi preso, Serapião foi até o imperador Constâncio II interceder pelo amigo, mas o grupo dos defensores da heresia ariana conseguiram derrubar Serapião e martirizá-lo em 370 no Egito.
O historiador Eusébio de Cesaréia registra seu martírio, com as seguintes palavras: "Preso Serapião em sua casa, foram-lhe infligidas cruéis torturas. Desfizeram-lhe todas as juntas dos membros e o precipitaram do andar de cima da casa, de cabeça para baixo". 

São Serapião, bispo, rogai por nós!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


A bondade nas palavras cria a confiança;
a bondade nos pensamentos cria a plenitude; a bondade nas doações cria o amor.
Lao-Tsé ou Tzéu

DOM DAMASCENO INFORMA

Papa canonizará beato Anchieta no início de abril

Papa canonizará beato Anchieta no início de abrilO Beato José de Anchieta, apóstolo do Brasil, será declarado Santo pelo Papa Francisco no início do próximo mês de abril. A informação foi dada nesta quinta-feira, 27, pelo arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno, durante entrevista nos estúdios da Rádio Vaticano.
“José de Anchieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele merece ser cultuado por toda a Igreja”, disse.
Dom Raymundo esteve com o Papa esses dias para falar sobre o beato José de Anchieta. Segundo ele, a canonização será feita de forma equipolente, ou seja, uma cerimônia mais simples, menos solene e que consiste na assinatura de um decreto pelo próprio Papa Francisco, em que ele declara santo o beato José de Anchieta.
Sobre o porquê de não ser realizada uma grande cerimônia na Praça São Pedro para a canonização do beato, Dom Damasceno explica que foi uma decisão do próprio Papa. “Ele quis uma cerimônia mais simples, discreta, mas tem o mesmo valor, evidentemente, que quando a canonização é feita de modo mais solene”.
A canonização será comemorada com uma Missa celebrada pelo Papa Francisco e com a presença de bispos e representantes do povo canadense e do Brasil. Isso porque, segundo Dom Damasceno, a canonização de padre José de Anchieta será feita junto com outros dois beatos canadenses importantes para a história da Igreja no Canadá.
“Depois, nós pretendemos também celebrar de uma forma mais solene, agradecendo a Deus pelo dom desse santo para nós no Brasil, na Assembleia dos Bispos, em Aparecida (SP), quando vamos realizar a próxima Assembleia geral no final de abril, começo de maio. Será uma celebração nacional, com a presença, portanto, de todo o episcopado e convidados especiais. Depois, cada Estado fará também a sua celebração solene e com grande participação do povo, sobretudo aqueles estados que têm muito a ver com a vida de Anchieta”.
O Cardeal também informou que se pretende fazer uma celebração mais restrita no Colégio Pio Brasileiro, em Roma, mas ainda não há uma data estabelecida, porque depende da agenda do Papa. O Santo Padre já aceitou um convite para visitar o Colégio, que vai comemorar 80 anos em 3 de abril. Segundo Dom Damasceno, os jesuítas estão deixando a direção do colégio, que será assumida pela CNBB.


Fonte: Canção Nova

ESPECULAÇÕES

Bento XVI nega ter sido pressionado a renunciar

O papa emérito Bento XVI negou hoje as especulações de que ele foi pressionado a renunciar, afirmando que sua decisão foi uma escolha livre e somente dele.
As declarações do papa emérito foram divulgadas pelo jornal italiano La Stampa em meio a uma nova rodada de especulações sobre as razões que o levaram a deixar o comando da Igreja Católica, a primeira renúncia de um pontífice desde o século XV.
"Não há o mínimo de dúvida sobre a validade de minha renúncia ao ministério de Pedro. A única condição para a validade é a liberdade integral da minha decisão. As especulações sobre invalidez são simplesmente absurdas", escreveu Bento XVI em carta enviada ao correspondente do jornal La Stampa no Vaticano, Andrea Tornielli.
O pontífice emérito também defendeu sua decisão de continuar vestindo a batina branca de papa, dizendo que não tem outras roupas disponíveis. 

Fonte: Exame.com


CATÓLICOS

Bento XVI diz que concorda com as ideias de Francisco

O papa emérito Bento XVI chamou de "absurdas" as especulações que questionam a autenticidade de sua renúncia e reiterou que compartilha "opiniões" e "amizade" com seu sucessor, Francisco, em uma carta publicada nesta quarta-feira pelo jornal La Stampa.
Vários meios de comunicação publicaram análises que sugerem a existência de uma diarquia no Vaticano e questionam se Joseph Ratzinger se afastou completamente como havia prometido.
Os analistas tomam como base o comparecimento do papa emérito no sábado passado ao consistório de Francisco na basílica de São Pedro.
"Não há dúvida da validade de minha renúncia ao ministério petrino. A única condição para a validade é uma liberdade decisória plena. As especulações sobre a invalidade da renúncia são simplesmente absurdas", afirma o papa emérito, em resposta a perguntas formuladas por escrito pelo jornal.
Também apresenta explicações sobre a roupa branca que veste, igual ao papa Francisco.
"Manter o hábito branco e o nome de Bento é algo simplesmente prático. No momento da renúncia, não havia outros hábitos à disposição. Além disso, uso o hábito branco de uma forma claramente distinta a do papa. Nisto também se trata de especulações sem fundamento".
Bento XVI se refere ainda aos comentários feitos recentemente pelo suíço-alemão Hans Küng, um colega de universidade que virou o teólgo mais crítico a seu respeito.
"O professor Küng tem citado literalmente e corretamente as palavras da carta que lhe enviei", afirma.
No texto, o papa emérito escreveu: "Estou agradecido de poder estar vinculado por uma grande coincidência de opiniões e uma amizade de coração ao papa Francisco. Considero que meu único e último dever é apoiar o pontificado por meio da oração".


Fonte: Exame.com

RELIGIÃO

Bento XVI, um papa aposentado, mas ainda muito presente

Apesar de ter dito que gostaria de permanecer "escondido do mundo" após sua renúncia, o papa emérito Bento XVI nunca foi esquecido pelo Vaticano e nem por seu sucessor, o papa Francisco, e esteve bastante presente neste primeiro ano de convivência.
Após o abalo inicial que sua renúncia provocou, a grande pergunta que veio à tona em 28 de fevereiro, quando Bento XVI voou de helicóptero em direção a sua retirada em Castel Gandolfo, foi como seria a convivência entre dois papas no Vaticano.
Celestino V, que também renunciou em 1294, foi confinado no castelo de Fumone, situado nos arredores de Roma, por conta do temor de que alguém pudesse reconhecê-lo como pontífice.
Já Joseph Ratzinger, que recebeu o título de papa emérito, vive em uma tranquila residência nos jardins vaticanos, se transformou em uma grande referência para muitos e, inclusive, para seu sucessor.
"Me parecia absolutamente claro que não havia nenhum motivo para temor", disse o porta-voz vaticano, Federico Lombardi, em relação às incertezas desta situação.
A prova disso foi a presença de Bento XVI na Praça São Pedro no último dia 22, quando 19 novos cardeais foram empossadas e quando, pela primeira vez na história, dois pontífices se encontraram e se abraçaram publicamente.
Bento XVI também quebrou o silêncio após um ano aposentado para garantir em carta enviada ao jornal "La Stampa" que "são absurdas as especulações" sobre as pressões e conspirações em torno de renúncia. Publicada ontem, o papa emérito também afirmou "que não existe diarquia alguma" na Igreja.
O papa emérito respondeu assim ao vaticanista do jornal "La Stampa", Andrea Tornielli, que tinha enviado algumas perguntas sobre as razões que teriam o levado a renunciar.
"A única condição da validade é a plena liberdade da decisão. As especulações sobre a invalidez da renúncia são simplesmente absurdas", escreveu o papa alemão.
A intenção do Vaticano de não ocultar Bento XVI foi tomada desde o início, como se demonstrou quando foi comunicado que o primeiro telefonema de Francisco depois de ser eleito foi para seu antecessor, que também retransmitiu com todos os detalhes o histórico primeiro encontro entre os dois em 23 de março em Castelgalndolfo, inclusive o abraço que trocaram e a imagem de como rezaram juntos.
E continuaram a ser divulgadas mais imagens, mais momentos e mais detalhes desta convivência "solidária" entre os papas, como definiu Lombardi.
"Ele (Bento XVI) agora vive no Vaticano e alguns me perguntam como é isso, dois papas no Vaticano", relatou Francisco aos jornalistas durante o voo de volta do Brasil, onde participou da Jornada Mundial da Juventude em julho.
"Encontrei uma frase para isto: é como ter o avô em casa, mas o avô sábio. Em uma família se o avô está em casa, é venerado, é amado, é escutado", explicou.
Em 5 de julho, os dois papas que convivem na Cidade do Vaticano voltaram a se abraçar publicamente na inauguração de uma estátua do arcanjo São Miguel nos jardins vaticanos.
O Vaticano também não hesitou em divulgar em seus órgãos de informação a homilia que Joseph Ratzinger pronunciou em 2 de setembro em uma missa na capela do governo (sede da administração) da Santa Sé com seus antigos alunos de teologia.
"Um foi à casa do outro e vice-versa. E existem as outras formas de contato, que podem ser o telefone ou as mensagens que trocam", relatou Lombardi sobre como tem se dado a relação entre os dois.
O papa Francisco visitou Bento XVI em dezembro em Mater Ecclesiae, e depois o papa emérito retribuiu a visita e almoçou com ele em Santa Marta, residência eleita pelo pontífice argentino.
A visita de Bento XVI ao seu irmão, George, internado no hospital romano Gemelli, também foi fotografada.
O porta-voz do vaticano garantiu que o papa emérito não "vive isolado" e tem atividades normais para um idoso, religioso". Ele reza, medita, lê e escreve, o que significa responder à correspondência que recebe, pois Ratzinger não deve publicar nenhum texto ou declaração que possa interferir no pontificado de Francisco.
O teólogo suíço Hans Küng, um dos maiores críticos de Ratzinger, revelou recentemente que o papa alemão escreveu para ele uma carinhosa carta em afirmava que sua "única e última tarefa era sustentar com orações o pontificado de Francisco", e que mantém uma amizade de coração com seu sucessor. 


Fonte: Exame.com

SANTO DO DIA

27 de fevereiro

Leandro, cujo nome significa força do Leão, nasceu em Cartagena, por volta de 540. Pertencia a uma família de santos: seus irmãos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o acompanham no santoral.
Leandro foi desde jovem um homem dotado de grandes qualidades. Tinha facilidade de falar em público e atraía atenção de todos pela sua simpatia. Tornou-se monge, destacando-se pela oração, estudo e meditação.
Eleito Bispo de Sevilha, criou uma escola, na qual se ensinavam não somente as ciências sagradas, mas também todas as artes conhecidas naquele tempo. Entre os alunos, encontravam-se Hermenegildo e Recaredo, filhos do rei visigodo Leovigildo. Ali começou o processo de conversão de Hermenegildo, que abandonou o arianismo.
Leandro precisou exilar-se por causa da conversão de Hermenegildo, pois o rei passou a persegui-lo. O jovem de Sevilha aproveitou para escrever livros contra o arianismo, provando que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e que os hereges estavam equivocados. Quando melhorou a situação, Leandro voltou para Sevilha. Hermenegildo havia sido morto por ordem de seu pai.
Nos últimos anos de sua vida o rei visigodo aconselhou bem seu outro filho, Recaredo, que seria seu sucessor no trono. O novo rei, aconselhado por Leandro, convocou o Concílio III de Toledo, no qual rejeitou a heresia ariana e abraçou a fé católica.
Devemos a São Leandro não apenas a conversão do rei, mas também por ter contribuído para ressurgir a vida cristã por todos os confins da Península: fundaram-se mosteiros, estabeleceram-se paróquias pelos povoados e cidades, novos Concílios de Toledo deram sábias legislações em matérias religiosas e civis.
Diz-se que Leandro foi um verdadeiro estadista e um grande santo. A mesmo tempo em que desenvolvia esse trabalho como homem de Estado, nunca esquecia que, como bispo, seu ministério lhe exigia uma profunda vida religiosa e uma dedicação pastoral intensa a seu povo. Pregava sermões, escrevia tratados teológicos, dedicava longos momentos à oração e à penitência e jejum.
Quando idoso sofreu muitas enfermidades, sendo a gota a doença que mais o afligiu. Tudo porém suportava com paciência. Morreu em em Sevilha, por volta do ano seiscentos. 

Santo Leandro, rogai por nós!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA

 Não podemos ter tudo o que queremos, mas podemos querer tudo o que podemos.
Pierre-Paul Riquet

CF 2014

CNBB disponibiliza material da CF 2014

Os subsídios da Campanha da Fraternidade 2014, como o manual, texto- base, via sacra, celebrações ecumênicas, folhetos quaresmais, CD e DVD, banner, entre outros, estão disponíveis nas Edições CNBB. No site da Conferência é possível baixar os spots para rádio e tv, cartaz da campanha, a oração e apresentações do texto-base.
O cartaz da CF 2014 traz o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). Os spots têm duração de 30 segundos e podem ser veiculados pelas emissoras de rádio e tv interessadas.
Com o objetivo de trabalhar os conteúdos da campanha nas escolas, foram produzidos também subsídios de formação voltados aos jovens do ensino fundamental e médio, além de encontros catequéticos para crianças e adolescentes.

Significado do cartaz
1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra, na parte superior do cartaz, expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.
4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).


Fonte: CNBB

REFLEXÃO

Necessidade permanente de convivência


Parece que o mundo moderno acentuou demais a importância da pessoa individual. O subjetivo tornou-se um valor imprescindível. Em grande parte é isso mesmo. A auto-realização virou um ideal de plenificação. Não podemos mais repreender uma criança quando ela diz: “este brinquedo é meu”. É um estado de alma que permite fazer crescer a auto-estima. Devemos achar isso certo. Mas com isso corremos o risco de realçar o isolamento. Cada um carrega consigo uma propensão de se encerrar num círculo, ao qual ninguém tem acesso. Quase nos tornamos anacoretas psicológicos. Não seria o medo de alguém roubar a nossa felicidade? Na verdade tal atitude nos empobrece. Não podemos ser corujas solitárias. (Ou você já viu um bando de corujas?) Como filhos de Deus nós carregamos em nós uma tendência impossível de anular. O Criador é um ser comunitário, porque vive na Trindade. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn. 1, 16). A nossa inclinação para a convivência com o semelhante faz parte da nossa natureza.
Jesus, para fortalecer seus discípulos na fé, reuniu-os em comunidade. A Igreja nascente, desde o começo, é um ente comunitário. Já não sois peregrinos, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef. 2, 19). Por isso, a preocupação de São Paulo foi de fundar comunidades em toda a parte. Desde cedo São Bento reuniu os monges, que procuravam viver a perfeição cristã, em comunidades religiosas. Os Bispos, sucessores dos Apóstolos de Cristo, reuniram os Fiéis em Dioceses e Paróquias. Os próprios Leigos sempre aspiraram a agrupamentos para fortalecer a fé, tais como Associações, Ligas, Congregações, Pastorais, Irmandades...”Ao que anda sozinho o lobo pega”, diz o povo. Uma entidade, a Paróquia, parecia ter se tornado um peso morto e inútil. Agora está voltando à vida plena, porque quer dar um salto de qualidade. No Brasil, ela não é mais pensada como uma grande comunidade, cujos membros se reúnem na Matriz. Mas se considera a mãe de inúmeras outras pequenas comunidades: grupos de reflexão, círculos bíblicos, associações, grupos de oração, capelas, visitadores domiciliares, evangelizadores...A Paróquia renovada é a mãe que reúne todos os filhos da grande família.

Dom Aloísio Roque Oppermann

Colunista do Portal Ecclesia. 

PEDIDO DE ORAÇÃO

Papa pede às famílias do mundo inteiro apoio espiritual

O Papa Francisco pediu nesta terça-feira, em uma carta para as famílias de todo o mundo, seu apoio através da oração, ao passo que várias assembleias de bispos estavam previstas para "enfrentar as novas emergências" da família moderna.
Na carta, o Papa voltou a expressar a grande importância que atribui ao que será discutido e decidido sobre a família nos próximos meses, principalmente durante o próximo Sínodo de outubro.
E ressalta que ele e os bispos precisam fortemente do apoio dos fieis neste caminho muito delicado.
Francisco não deu nenhuma indicação sobre as futuras orientações para os trabalhos, que devem incidir especialmente na questão da admissão à Eucaristia dos divorciados que se casaram novamente e mais geralmente na ruptura conjugal e divórcios, cujo número explode no Ocidente.
"Eu estou no limiar de sua casa (....) Hoje a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho e a enfrentar novas emergências pastorais que afetam a família", disse ele.
"Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus, bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares, que estão ativamente envolvidos em sua preparação, com sugestões concretas e com o apoio indispensável da oração", prosseguiu o Papa.
O Vaticano enviou um questionário às dioceses sobre temas tabus (coabitação, divórcio, homossexualidade). As respostas recebidas refletem a grande lacuna no Ocidente entre a doutrina e a prática diária dos católicos. O que tem preocupado muito os cardiais.

"Queridas famílias, esta Assembleia sinodal é dedicada a vocês de uma maneira especial, à sua vocação e sua missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do casamento, da vida familiar, da educação dos filhos, e do papel das famílias na missão da Igreja. Portanto, peço que orem intensamente ao Espírito Santo, para que ele ilumine os Padres sinodais e oriente-os em sua tarefa exigente", acrescentou.

Fonte: Exame.com

CATEQUESE

Na catequese, Papa fala da Unção dos Enfermos


Unção dos Enfermos. Este foi o sacramento sobre o qual o Papa Francisco refletiu na catequese desta quarta-feira, 26, na Praça São Pedro. Trata-se do sacramento da compaixão de Deus com o sofrimento do homem no momento da doença e da velhice, explicou o Santo Padre.
Francisco recordou que Jesus ensinou seus discípulos a terem sua mesma predileção pelos enfermos e necessitados, confiando-lhes a tarefa de atendê-los em Seu nome por meio deste sacramento.
“Que alegria saber que nos momentos de dor não estamos sozinhos, o sacerdote e a comunidade cristã, reunida junto ao que sofre, alimentam sua fé e sua esperança”, disse.
Nesse contexto de ajuda e compaixão para com os doentes, o Pontífice citou como exemplo a parábola do Bom Samaritano, que cuidou de um homem sofredor que encontrou pelo caminho. O Bom Samaritano cuidou das feridas do homem e depois confiou-o a um hospedeiro, sem pensar nos gastos, para que continuasse cuidando dele.
“Ora, quem é este hospedeiro? É a Igreja, a comunidade cristã, somos nós, aos quais todos os dias o Senhor Jesus confia aqueles que estão aflitos, no corpo e no espírito, para que possamos continuar a derramar sobre eles, sem medida, toda a Sua misericórdia e a Sua salvação”.
Aos que consideram o sofrimento e a doença como um tabu, o Papa lembrou que Jesus mostra, com a Unção dos Enfermos, que o ser humano pertence a Ele. Nesse sentido, este sacramento, considerado em verdade, é a presença de Jesus próximo ao doente.
“Cristo nos toma pela mão e nos lembra que pertencemos a Ele e que nada, nem ninguém, nenhum mal, nem sequer a morte poderá nos separar Dele”.
No momento das saudações, Francisco dirigiu algumas palavras aos peregrinos de língua portuguesa. “Em cada um dos sacramentos da Igreja, Jesus está presente e nos faz participar da sua vida e da sua misericórdia. Procurem conhecê-Lo sempre mais, para poderem servi-Lo nos irmãos, especialmente nos doentes. Sobre vós e sobre vossas comunidades, desça a benção do Senhor!”.


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

26 de fevereiro

Nasceu na Tessalônica em 353 e morreu em Gaza em 420. São Porfírio nasceu de uma família rica e com vinte e cinco anos mudou-se para o Egito, onde entrou no monastério de Esquete, no deserto. Cinco anos depois ele viajou para a Palestina, para visitar os lugares santos e residiu numa caverna perto do Rio Jordão por mais cinco anos, em profunda solidão.
Neste período ele adoeceu profundamente e resolveu gastar seus últimos dias em Jerusalém, onde poderia estar perto dos lugares onde Jesus Cristo viveu. Sua austeridade era tão grande que a doença agravou e ele só podia visitar os lugares santos apoiado num pedaço de madeira.
Um amigo seu, chamado Marco, propôs a ajudá-lo, oferecendo seu braço, mas Porfírio recusou a ajuda. “Eu vim até a Palestina para procurar o perdão dos meus pecados e não devo procurar o conforto de ninguém”, dizia Porfírio.
Neste sofrimento ele viveu alguns anos, com olhar sereno e feliz. Só uma coisa ainda o incomodava: sua riqueza deixada na Tessalônica. Um dia, chamou seu amigo Marcos e lhe ordens para ir até sua casa e vender suas propriedades. Três meses depois, seu amigo retornou trazendo grande quantia em ouro. Porfírio o recebeu com alegria, pois estava completamente recuperado de sua enfermidade.
O santo explicou ao amigo que, dias antes, durante um acesso de febre, ele tinha sentido vontade de caminhar até o Calvário. Lá chegando, ele teve uma queda como um desmaio e pensou ter visto Cristo na cruz. Implorou ao Mestre que o levasse com Ele para o Paraíso. Jesus então apontou-lhe a cruz e pediu que ele a carregasse. São Porfírio tomou então a cruz nos ombros e quando acordou estava completamente recuperado da doença. 
O santo distribuiu, então, seus bens entre os pobres da Palestina. Para sobreviver, Porfírio aprendeu a fazer sapatos e tornou-se um grande sapateiro.
No fim da vida, Porfírio retornou para Gaza, foi ordenado bispo e passou a defender a fé contra o ataque constante dos pagãos. Diz a história que, em Gaza, terrível seca assolava os campos. Os pagãos culpavam os cristãos e não queriam receber Porfírio entre eles. Às portas da cidade, Porfírio rezou a Deus e a chuva caiu com abundância. Assim, ele foi reconhecido pelos cidadãos de Gaza e pôde entrar na cidade.
Porfírio retirou do maior templo da cidade os ídolos pagãos e construiu uma grande Igreja, consagrada em 408. Na ocasião de sua morte, sua diocese era toda cristã, conforme o testemunho de seu amigo Marcos, que escreveu a biografia do santo. 

São Porfírio de Gaza, rogai por nós!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO DIA


Quem é incapaz de contemplar a vida também não é capaz de homenageá-la em cada manhã. Não consegue acordar e bradar: “ Que bom! Estou vivo. Posso viver o espetáculo da vida por mais um dia!”.
Augusto Cury

UM ANO DE PAPA FRANCISCO

Simplicidade de Francisco foi o que conquistou os jovens

Quem não se lembra do fervor da juventude em torno do Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro? Para o bispo da diocese de Caruaru (PE) e membro da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Bernadino Marchió, a simplicidade do Papa Francisco foi o que mais se destacou na relação entre o Pontífice e os jovens, especialmente durante a JMJ.
O Papa é muito simples, enfatizou Dom Bernardino.  “A sua pessoa, seu estilo de vida atrai o mundo inteiro e especialmente a juventude, que quer relacionamentos diretos e simples. O Papa, chegando ao Rio de Janeiro, já naquele primeiro momento em que ficou preso no trânsito, conseguiu mostrar que ele estava bem com o povo”.
Em seu primeiro discurso no Brasil, Francisco destacou aos jovens que Cristo abre espaço para eles, pois conhece a poderosa energia que sai do coração da juventude que encontra Sua amizade. “Cristo ‘bota fé’ nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: ‘Ide, fazei discípulos’”, disse o Santo Padre.
Com um jeito simples e atencioso, Francisco chegou a mencionar um ditado popular muito utilizado no Brasil pelos pais em relação a seus filhos: os filhos são a menina dos nossos olhos. Partindo desse ditado simples, ele lançou mais uma reflexão profunda: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios”.
O bispo recorda o que diz Francisco: “O pastor deve sentir o cheiro das ovelhas. E ele mostra que coloca isso em prática. Aproxima-se das pessoas, abraça-as e acolhe-as. Isso dá muita alegria aos jovens que também não têm medo de se aproximar dele”.
Em muitos momentos, Francisco tem se dirigido aos jovens com particularidade. Dom Bernardino acredita que as palavras do Papa não são apenas para agradar a juventude, mas significa um estilo de aproximação. Segundo ele, os jovens percebem que o Santo Padre confia neles, logo, aproximam-se, e querem ouvir seus ensinamentos.
No entanto, a relação do Papa com os jovens não se resume em palavras. Francisco está preocupado com os desafios da juventude.  “O Papa mostrou isso não só no Rio de Janeiro, mas também em muitos outros encontros no mundo inteiro. Por onde ele vai, sempre se encontra com os jovens, e estes acorrem ao seu redor, para se sentirem estimulados e desafiados para continuar a viver bem seus sonhos e seus projetos”, explicou o bispo.
A juventude é um período em que, segundo Dom Bernardino, as pessoas tendem a procurar ídolos e referenciais. O bispo percebe que os jovens veem o Papa como um grande líder, uma referência. Mas para que esta relação não fique apenas nas boas intenções, Dom Bernardino deixa um conselho.
“Para responder a tudo aquilo que o Papa está dizendo, os jovens precisam se organizar nas comunidades. Nós estamos vendo também esse florescimento de grupos, de pastorais juvenis, movimentos e carismas que estão cada vez mais se organizando. Isso é importante. Precisamos sonhar juntos e dar espaço aos jovens nas organizações paroquiais”.
Testemunho
A reciprocidade na relação com o Papa é verdadeira. Ao menos, é o que mostra a história do jovem Eduardo Campos, 20 anos, morador da cidade do Rio de Janeiro.
Desde criança, ele frequentou igrejas protestantes, mas, após a renúncia de Bento XVI, quis conhecer melhor a fé católica. Participou da Jornada Mundial da Juventude, em julho, com o Papa Francisco. Logo depois, converteu-se ao Catolicismo. Segundo Eduardo, desde então, sua relação com Francisco se assemelha à de um discípulo que deseja aprender com o mestre.
“Ele me ajuda a viver a caridade, o amor; ensina-me a ser humilde. Identifiquei-me com ele, porque, apesar de toda a sua importância, não deixou a humildade de lado. Ele mostra que é o Santo Padre, mas que também é uma pessoa comum; ele é do povo. Ele me ensina que, independente da nossa posição, devemos sempre preservar a humildade”.
Na Missa de envio, última celebração da JMJ, Eduardo exibiu um cartaz que dizia: “Santo Padre, sou evangélico, mas eu te amo!! Ore por mim e pelo Brasil! ‘Tu és Pedro…’”. O cartaz foi mostrado pelas câmeras de televisão e teve grande repercussão nas redes sociais.
Hoje, graças à sua experiência pessoal com Francisco, conforme testemunha, Eduardo pratica a fé católica participando da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz (RJ) onde faz pastoral de rua com o JMC (Jovens Missionários Católicos).


Fonte: Canção Nova

HOMILIA DO PAPA

Não se acostumem ao escândalo da guerra, pede Papa


Crianças famintas estão nos campos de refugiados, enquanto os fabricantes de armas dão festa em salões. Esta foi a imagem forte que o Papa Francisco evocou na Missa, desta terça-feira, 25, na Casa Santa Marta. Toda a homilia do Santo Padre foi um apelo pela paz e contra todo tipo de guerra no mundo ou na família.
Francisco enfatizou que a paz não pode ser só uma “palavra” e exortou todos os cristãos a não se acostumarem com o escândalo da guerra. Partindo da Carta de São Tiago, na Primeira Leitura do dia, o Papa condenou todas as guerras, que surgem quando os corações se afastam de Deus.
 “Todos os dias, nos jornais, encontramos guerras”, constatou Francisco, acrescentando que os mortos em conflitos parecem fazer parte de uma contabilidade diária. O homem se acostumou a ler coisas desse tipo e parece que o espírito da guerra tomou conta dele. Segundo o Papa, hoje a situação de conflitos permanece a mesma, só que, em vez de uma grande guerra, há pequenas guerras em todos os lugares, povos divididos.
“As guerras, o ódio, a inimizade não são comprados no mercado: estão aqui, no coração”, disse Francisco. Ele recordou que a história de Caim e Abel causava escândalo quando ensinada no catecismo às crianças, não se podia aceitar que um irmão matasse o outro. Hoje, porém, milhões de irmãos se matam entre si e o ser humano está acostumado com isso.
“A Primeira Guerra Mundial nos escandaliza, mas esta grande guerra, um pouco em todo lugar, um pouco escondida, não nos escandaliza! E morre tanta gente por um pedaço de terra, por uma ambição, por ódio”.
Francisco ressaltou ainda uma situação curiosa: diante de um conflito, tenta-se resolvê-lo brigando, com a linguagem da guerra, sem pensar primeiro em uma linguagem de paz.
“As consequências? Pensem nas crianças famintas nos campos de refugiados… Pensem somente nisto: este é o fruto da guerra! E se querem, pensem nos grandes salões, nas festas que fazem aqueles que são os patrões das indústrias de armas, que fabricam as armas. A criança doente, faminta, um campo de refugiados e as grandes festas”.
Este espírito de guerra, que afasta o homem de Deus, está também nas casas, lembrou o Santo Padre. Ele citou como exemplo tantas famílias em que pai e mãe não são capazes de encontrar o caminho da paz e preferem fazer a guerra.

“Hoje, proponho a vocês rezar pela paz (…) Os vossos risos – disse retomando o apóstolo Tiago – se transformem em luto e a vossa alegria em tristeza. Isso é o que deve fazer, hoje, 25 de fevereiro, um cristão diante de tantas guerras, em todo lugar: chorar, estar de luto, humilhar-se. O Senhor nos faça entender isso e nos salve de nos acostumarmos com as notícias de guerra”.

Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

25 de fevereiro

O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório.
O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã.
Mas depois do episódio do terremoto, onde teve sua vida salva pela graça de Deus, Cesário deixou a medicina e passou a dedicar tempo para a salvação das pessoas. Recebeu o batismo, viveu vida de penitente, mas faleceu jovem, em 369.
Em seu testamento deixou o desejo expresso de doar sua riqueza aos pobres. Em tudo serviu a Deus e soube amar Jesus Cristo mesmo em situações adversas. 

São Cesário de Nazianzo, rogai por nós!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014