quarta-feira, 23 de outubro de 2013

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Vaticano destina 72 milhões de doláres aos refugiados sírios

O Pontifício Conselho para as ações caritativas da Igreja, o Cor Unum, divulgou nesta quarta-feira, 23, um relatório sobre o auxílio oferecido aos refugiados sírios.
O documento informa que foram arrecadados por instituições católicas de todo o mundo, 72 milhões de dólares em prol da vítimas dos conflitos na Síria. Cerca de 20 cidades sírias foram atendidas por agentes da Cáritas e outras 32 instituições católicas do Oriente Médio.
Além do auxílio às famílias que ainda permanecem na Síria, refugiados presentes no Líbano, Iraque, Turquia, Jordânia, Chipre e Egito recebem assistência integral, informa o comunicado. 
O Cor Unum explica ainda que a dificuldade em obter informações em relação às necessidades da população afetada e também o agravamento na situação política e social no país, impedem que o auxílio chegue a todos os necessitados.
Para a melhoria dos trabalhos foi criado um escritório de coordenação de informações sobre ajuda humanitária realizada pela Igreja Católica, com o objetivo de evitar a dispersão de esforços. O trabalho será coordenado pela Cáritas do Oriente Médio-Norte da África, com sede em Beirute, no Líbano.
Este escritório além de unir todas as iniciativas da Igreja Católica em prol da Síria, irá monitorar a distribuição de doações aos refugiados. Os interessados em colaborar com o Pontifício Conselho Cor Unum, podem encontrar informações no site oficial.

REFLEXÃO:

A arma da oração!

O vigésimo nono domingo do tempo comum nos apresenta a necessidade de rezar. Contemplando o livro do Êxodo observamos que o poder da oração é a maior arma do cristão batizado: "Josué fez o que Moisés lhe tinha mandado e combateu os amalecitas. Moisés, Aarão e Ur subiram ao topo da colina. E, enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia; quando abaixava a mão, vencia Amalec. Ora, as mãos de Moisés tornaram-se pesadas. Pegando então uma pedra, colocaram-na debaixo dele para que se sentasse, e Aarão e Ur, um de cada lado sustentavam as mãos de Moisés. Assim, suas mãos não se fatigaram até ao pôr do sol, e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada"(cf. Ex. 17,10-13). Da mesma maneira nós devemos elevar as mãos para os céus, com grande confiança e pedir a Deus o que mais nos ajudará na nossa caminhada neste mundo, para vencer o inimigo, o pecado e procurar viver a graça santificante.
Jesus, no Evangelho conta a parábola da viúva injustiçada e do Juiz iníquo. Parece muito atual esta parábola e ela nos ensina a viver a primeira virtude para todo aquele que governa, que tem poder judiciário: SER JUSTO. Fazer justiça não é aplicar a sua vontade, os seus caprichos mais a justiça conforme o direito e desprovido de qualquer ÓDIO, de qualquer RIVALIDADE, de mínima VINGANÇA ou espírito de VANGLÓRIA.
A palavra do Evangelho é cortante: "Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo:'Faze-me justiça contra o meu adversário!' Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: 'Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!''E o Senhor acrescentou:'Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?"(cf. Lc 18,3-8).
Nós somos chamados a ser justos em qualquer situação. Só o Justo, o imparcial, o benigno distribui a justiça que vem de Deus. Não podemos perseguir os outros apenas para demonstrar que somos mais poderosos, que somos superiores ou os melhores. O Papa Francisco tem insistido muito na misericórdia. Ele não quer sacrifícios mas não quer que nenhum de seus filhos se perca. Por isso o bom juiz é aquele que é JUSTO, que não julga por paixão.
Peçamos a Deus, elevando as mãos para o céu, que nunca sujemos nossas mãos com a lepra da injustiça, da perseguição, da perversidade. Nossa oração somente será agradável se fizermos justiça e tenhamos misericórdia. Rezemos que Deus nos atenderá! Nossa arma não pode ser o ódio ou a difamação. Nossa arma é a oração, a oração verdadeira. Para rezar temos que tirar de nossos olhos os olhares furiosos da maldade. Deus não escuta a oração do juiz injusto, mal e perverso. Sejamos simples e humildes, dando sempre uma segunda chance ao pecador que seremos ouvidos por Deus.


Dom Eurico dos Santos Veloso

Colunista do Portal Ecclesia.

SANTO DO DIA

23 de outubro

João nasceu no dia 24 de junho de 1386, na cidade de Capistrano, no então reino de Nápoles. Era filho de um conde alemão e uma jovem italiana. Estudou direito civil e canônico, formando-se com honra ao mérito. Ainda jovem casou-se com um nobre dama da sociedade.
Numa crise política no Reino de Nápoles, João foi cogitado para auxiliar nas negociações. Entretanto houve confusões e o jovem acabou preso. Para piorar a situação ele recebeu a notícia da morte de sua esposa.
Foi então um momento de mudança radical de vida. Abriu mão de todos os cargos, vendeu todos os bens e propriedades, pagou o resgate de sua liberdade e pediu ingresso num convento franciscano. Mas antes de vestir o hábito precisou enfrentar as humilhações do superior da comunidade. 
Durante trinta anos fez rigoroso jejum, duras penitências e se dedicou às orações. Trabalhou com energia, evangelizando na Itália, França, Alemanha, Áustria, Hungria, Polônia e Rússia. Tornou-se grande pregador e missionário. Foi conselheiro de quatro Papas.
João de Capistrano contava com setenta anos de idade, quando um enorme exército muçulmano ameaçava tomar a Europa. O Papa Calisto III o designou como pregador de uma cruzada, que defenderia o continente. Durante onze dias e onze noites João esteve entre os soldado, animando-os para a resistência. Finalmente os cristãos conseguiram vencer os invasores.
Morreu no dia 23 de outubro de 1456. João de Capistrano é o padroeiro dos juízes. 

São João de Capistrano, rogai por nós!