quinta-feira, 10 de outubro de 2013

MENSAGEM DO DIA


"Se não atravessares a tua porta, não poderás conhecer o mundo".
Lao-Tsé ou Tzéu

A riqueza que nos aliena dos bens do Reino

Os versículos anteriores aos da parábola nos deixam a impressão de que os fariseus amam o dinheiro e exaltam em seus corações o que é detestável aos olhos de Deus. O que é um momento pobre para os fariseus é, na verdade, um grande momento, pois é um tempo em que todo homem se esforça por entrar no Reino de Deus, pela obediência à Lei. O que Jesus está tentando fazer ver aos fariseus é que, num tempo onde os meios para entrar no Reino de Deus estão na Lei de Deus, eles correm o risco de abraçar, não a Lei, mas o que é abominável aos olhos de Deus.
É sobre este pano de fundo que Jesus conta a parábola do rico e de Lázaro, em que se vive a vida como se a Lei não impusesse obrigações com relação ao próximo, como; “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
O pecado do rico consiste em ter um coração insensível em face do sofrimento do outro. As festas esplêndidas e a preocupação com o vestuário ocupavam-lhe o tempo, impedindo-o de ver o pobre Lázaro, faminto, diante de sua porta.
A realidade histórica repercute na eternidade. A insensibilidade terrena do rico valeu-lhe a impossibilidade de Abraão atender-lhe o pedido quando se mostrou sensível em relação aos próprios irmãos transviados.
A parábola alerta os discípulos do Reino no tocante ao trato com o semelhante, mormente os Lázaros da vida. O rosto do outro deve continuamente interpelá-los. O desprezo pelo outro compromete o cumprimento dos mandamentos. Da região dos mortos, o rico compreende que é a obediência à Lei o meio de entrar no Reino de Deus, por isso ele pede a Abraão que envie Lázaro aos seus irmãos para alertá-los. Mas Abraão insiste que eles já têm os meios: Moisés e os Profetas, isto é, toda a Escritura, que é preciso ouvir. Se eles rejeitam esse meio, rejeitarão também Lázaro, ressuscitado dos mortos.
Cabe a eles, como também a cada um de nós buscar os meios adequados, não quaisquer meios, mas os consignados na Escritura, para entrar no Reino de Deus.A Lei e os Profetas são dados para esta vida em vista do Reino de Deus.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Colunista do Portal Ecclesia.


REFLEXÃO:

            A PRESENÇA VIVA

“Estarei sempre convosco, até o fim dos tempos”. Essa promessa de Cristo é o segredo que sustenta a nossa vida e a fonte da nossa esperança. Como o dia da Ressurreição, o domingo não é apenas a recordação de um acontecimento passado. É também a celebração da presença viva do Senhor ressuscitado em meio ao seu próprio povo.      

NOTÍCIAS

Igreja não é grupo de elite, diz Papa ao explicar catolicidade

Na catequese desta quarta-feira, 9, Papa Francisco seguiu falando sobre a Igreja, concentrando-se, desta vez, sobre o fato dela ser “católica”. Ele destacou três significados fundamentais que explicam essa natureza da Igreja.
Francisco explicou que a palavra “católico” vem do grego ‘kath’olòn’, que significa totalidade. Com relação à Igreja, este aspecto se aplica em três significados fundamentais. O primeiro deles, segundo disse o Papa, é que a Igreja é católica porque é o espaço no qual a fé vem anunciada por inteiro, no qual a salvação de Cristo é oferecida a todos. 
“Na Igreja, cada um de nós encontra o que é necessário para crer, para viver como cristãos, para tornar-se santo, para caminhar em todo lugar e em todo tempo”, disse. 
Como um segundo aspecto, o Papa falou da universalidade da Igreja, uma vez que ela está espalhada em toda parte do mundo e anuncia o Evangelho a todos. “A Igreja não é um grupo de elite, não diz respeito somente a alguns. A Igreja não tem trancas, é enviada à totalidade das pessoas, à totalidade do gênero humano”. 
Por fim, o Santo Padre destacou que a Igreja é católica porque é a “Casa da harmonia”, onde unidade e diversidade combinam-se para formar uma riqueza. Ele citou como exemplo a sinfonia, que é a harmonia entre diversos instrumentos que tocam juntos. 
“Na sinfonia que vem apresentada todos tocam juntos em ‘harmonia’, mas não é cancelado o timbre de cada instrumento, a peculiaridade de cada um, antes é valorizada ao máximo! É uma bela imagem que nos diz que a Igreja é como uma grande orquestra na qual há variedade: não somos todos iguais e não devemos ser todos iguais”. 
O Papa ressaltou que esta não é uma diversidade que entra em conflito, mas que se deixa unir em harmonia pelo Espírito Santo, o verdadeiro “Maestro”. 
“Rezemos ao Espírito Santo, que é propriamente o autor desta unidade na variedade, desta harmonia, para que nos torne sempre mais ‘católicos’, isso é, nessa Igreja que é católica e universal”.

Fonte: Canção Nova Notícias

SANTO DO DIA

10 de outubro

Daniel Comboni era italiano. Nasceu dia 15 de março de 1831, numa família de camponeses cristãos, humildes e pobres. Devido à condição econômica, eles enviam Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos, onde Daniel descobriu sua vocação missionária. Em 1854 é ordenado sacerdote e três anos depois parte para a África, junto com mais cinco missionários. 
A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo. Daniel entrega-se ao trabalho entre os pobres, fazendo as solidariedade seu grande instrumento de evangelização. Assume o lema "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado, para a época. 
Padre Comboni pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário. Além disso, fundou em 1867, o Instituto dos Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Irmãs Missionárias Combonianas. 
Em 1877, Comboni é nomeado Vigário Apostólico da África Central e, em seguida é também consagrado o primeiro Bispo católico da África Central. Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881, o Bispo Comboni morre em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria. 

São Daniel Comboni , rogai por nós!