segunda-feira, 7 de outubro de 2013

MENSAGEM DO DIA


"A confissão de um erro é o primeiro passo para o arrependimento".
Yves Vaét

SEJA UM DIZIMISTA

DÍZIMO – GESTO DE PARTILHA

O mundo em que vivemos não é aquele que de fato queremos.
Sonhamos com o paraíso e às vezes nos damos conta de que vivemos no inferno.
Sonhamos com um mundo mais fraterno, no entanto, nos cercamos de atitudes mesquinhas e egoístas.
Ensinamos aos nossos filhos, desde cedo, como sobreviver neste mundo Caótico, mas não nos preocupamos em ensiná-los a oferecer algo de si em prol de um mundo melhor, de uma sociedade mais justa.
Falamos de Jesus, contudo, pouco fazemos para que Seu Reino aconteça entre nós.
Falamos de paz e justiça, todavia, não estamos dispostos a partilhar o que somos e o que temos.
Aquilo que deveria ser de todos, para o bem de todos, se concentra na mão de poucos.
Grande parte da humanidade vive à margem da sociedade, sem voz, sem vez.

Recebemos do Papa Francisco, logo nos primeiros dias á frente da Igreja, um grande exemplo: “para que nosso discurso não seja apenas palavras, deve estar baseado na vivência, no testemunho”. Essa também era uma preocupação constante de São Francisco de Assis. Partilhar é dar de si mesmo em favor do outro, á abrir-se à generosidade, sem interesse pessoal, sem levar vantagem, sem querer nada em troca, é dar gratuitamente. Dízimo é um gesto de partilha, talvez o primeiro passo para viver a partilha em toda a sua plenitude.

REFLEXÃO:

ORAÇÃO E AÇÃO


A profunda unidade entre a oração e a ação está na base de toda renovação espiritual, especialmente entre os fiéis. Está também na base dos grandes empreendimentos de evangelização e construção do mundo de acordo com o plano de Deus.

MÊS MISSIONÁRIO

Em diálogo e missão

O Papa Francisco está configurando um horizonte ousado e profético para a Igreja no exercício da missão de anunciar a todos, indiscriminadamente, o Evangelho de Jesus Cristo. Esta grande missão que Jesus delega aos seus seguidores é desafiadora, ao se considerar as diferenças que caracterizam uma realidade multicultural. O caminho apontado pelo Papa Francisco, para o êxito dessa tarefa, é o diálogo. Por isso, o Papa frisa que “cada um de nós é chamado a ser artesão da paz, unindo e não dividindo, eliminando o ódio e não o conservando, abrindo os caminhos do diálogo e não levantando novos muros.” Dialogar, diz o Papa Francisco, é encontrar-nos para instaurar no mundo a cultura do encontro.
Aqui está um desafio enorme no tratamento adequado das verdades intocáveis da fé cristã católica. Uma intocabilidade que não pode render dogmatismos e intolerâncias, a incapacidade para o diálogo, sobretudo, com aqueles que pensam diferentemente. Não se trata de ser porta-voz de um pensamento e de argumentações conceituais na contramão das verdades da fé. Contudo, é preciso evitar o risco de um tratamento conceitual tão rígido destas verdades que impossibilite os intercâmbios de argumentação com quem pensa diferente. 
Exemplar é a atitude do Papa Francisco, quando dialogou abertamente com Eugenio Scalfari, fundador do Jornal La Repubblica, sobre fé e laicidade. O pontífice responde a perguntas que lhe tinham sido feitas. Uma atitude sabiamente evangélica, na linha da dinâmica missionária do apóstolo Paulo que vai ao areópago de Atenas para dialogar, também com não crentes. No mesmo horizonte, São Francisco de Assis, firmado e enraizado no Senhor Único, desenha um caminho de diálogo de inigualável universalidade e respeito, das criaturas todas até a grandeza encantadora da dignidade humana. 
A necessidade da superação da incomunicabilidade que se instalou entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, de um lado, e do outro a cultura moderna, frisa o Papa Francisco, estabelece como tarefa missionária o diálogo aberto. Este é o caminho para reabrir as portas para um sério e fecundo encontro, não apenas entre aqueles que estão dentro da Igreja, mas também com os que estão distantes. A verdade da fé é conceitual e vivencialmente inegociável, mas a atitude de dialogar, sem medo, é necessária e inteligente. 
É preciso superar o medo que vem da rigidez conceitual estéril, pois o cumprimento da missão da Igreja não é uma mera conservação. Na verdade, o diálogo autêntico é aquele no qual se estabelece uma relação viva entre as pessoas. Esse é o autêntico sentido da ordem que o Mestre dá a seus discípulos quando lhes diz “Ide.” Trata-se de um desafio, e também prioridade na missão da Igreja, a tarefa de multiplicar oportunidades de diálogo, tanto internamente, mas também fora, para além dos nossos muros. E neste horizonte, as academias católicas têm um papel fundamental, que inclui a coragem de atrair, por convite ou por competência reconhecida, por cientificidade ou por credibilidade, intelectuais de diferentes matizes para ouvi-los, passo primeiro e insubstituível na cultura do diálogo. Assim se estabelece um produtivo confronto
A postura de academias católicas que buscam o diálogo com ateus e pensadores é louvável. Particularmente, quando essas instituições refletem a espinhosa temática da secularização, religião e sociedade. Assim configuram-se caminhos para que a missão da Igreja não corra o risco de se reduzir a repetições estéreis, apropriações conceituais até exatas, mas pouco incidentes para gerar discípulos de Jesus. Que a lucidez de Bento XVI e o pastoreio interpelante do Papa Francisco balizem o caminho missionário de uma Igreja em diálogo, estabelecendo caminho para que o mundo creia.



Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Colunista do Portal Ecclesia.

SANTO DO DIA

07 de outubro

Diz uma tradição que Nossa Senhora apareceu a São Domingos de Gusmão, fundador da ordem dominicana, e lhe ensinou a rezar o Rosário. Foi aí que nasceu a prática desta oração como devoção a Maria, por sua participação nos mistérios da vinda do Filho de Deus. 
De acordo com alguns testemunhos o objeto que chamamos de terço já existia muito antes da devoção do rosário. O costume de usar pedrinhas juntadas umas as outras para manter a concentração nas orações já era ensinado pelo venerável são Beda. 
O Rosário tem o significado de uma guirlanda de rosas oferecida a Nossa Senhora. O costume de oferecer flores para as pessoas queridas remonta à Idade Média. Desde então Maria recebe muitas rosas em forma de orações. 
Foram os frades dominicanos que tiveram o mérito de disseminar a devoção ao Rosário, que passou a ser a forma de oração mais popular entre as famílias religiosas, à noite, em casa. Ele é formado pelas duas orações básicas do catolicismo: o "Pai Nosso", ensinado pelo próprio Jesus Cristo, e a "Ave Maria", nascida da Anunciação feita pelo Anjo Gabriel a Virgem Maria e das palavras de sua prima Santa Isabel. 
Enquanto se reza, ele nos leva à meditar sobre os mistérios da vinda do Filho de Deus entre nós, isto é: anunciação, nascimento, vida, paixão e morte e ressurreição de Jesus Cristo. 
Com a reforma do calendário litúrgico de 1960 a "Festa do Santíssimo Rosário" como era chamada, passou a ser o dia da comemoração de "Nossa Senhora do Rosário" e, o mês de outubro dedicado ao Rosário e a todas as missões apostólicas. 
Rezemos hoje, nas festa de Nossa Senhora do Rosário, a oração mariana por excelência: 
Ave Maria, cheia de graça... 

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!