sexta-feira, 4 de outubro de 2013

MENSAGEM DO DIA


"Amigo é quem socorre, não quem somente se compadece".
Thomas Fuller

OUTUBRO: MÊS DAS MISSÕES

A missão de servir

O que é governar? O que é ser político? O povo já está cansado deles? Por quê? Por que, para muitos, ser político significa ser delinqüente? Por que o descrédito para com a política e políticos? Numa das celebrações eucarísticas matutinas na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco tomou como tema da sua homilia o serviço da autoridade, uma alusão a quem tem poder de decisão, os políticos, os governantes. Ele comentou o trecho do Evangelho em que o centurião pede a Jesus que cure o seu servo e a carta de São Paulo a Timóteo, com o convite a rezar pelos governantes. E citou duas características indispensáveis que um político deve ter: humildade e amor pelo povo. 
Antes de continuarmos com as palavras do Papa vamos fazer uma imersão no termo política. Vamos voltar à antiga Grécia de onde vem esse termo que foi utilizado por muitas personalidades daquele tempo como, por exemplo, o filósofo Aristóteles. Para ele o homem é um animal político, pois necessita da companhia de outras pessoas, ou seja: a política refere-se à vida comum, às regras de organização dessa vida, aos objetivos da comunidade e às decisões sobre todos esses pontos.
O Papa Francisco afirmou sem meios termos que um “político que não ama, no máximo, pode colocar um pouco de ordem, mas não governar”: Não se pode governar sem amor ao povo e sem humildade! E todo homem e mulher que assume um cargo de governo deve fazer duas perguntas: “Eu amo o meu povo para servi-lo melhor? Sou humilde e dou ouvidos a todos, ouço várias opiniões para escolher o melhor caminho?”. Se estas perguntas não são feitas, não será um bom governante. 
Se formos ao dicionário, governar é “exercer autoridade soberana e continuada... controlar e dirigir a formulação e a administração da política ... e, acrescente-se, melhorar continuadamente a qualidade de vida dos cidadãos em todas as áreas”.
A pergunta é: o cristão, o católico deve se interessar pela política, já que muitos definem o político como pessoa não confiável, e extremamente egoísta? O Papa Francisco dá a resposta; os cidadãos não podem se desinteressar pela política: Nenhum de nós pode dizer “não tenho nada a ver com isso, eles que governem...”. Ao invés, eu devo ser responsável pelo governo e devo dar o melhor de mim para que eles que governam, governem bem. 
A política pode ter dois significados ou modos de pensar: a primeira certamente é a que diz respeito às relações sociais, à realidade social global, enfim à sociedade em geral. Saímos do âmbito estritamente pessoal para relações mais amplas. A segunda coloca em evidência o relacionamento entre política e poder. Assim uma ação política é aquela que visa a obtenção do poder e também mantê-lo.
A política – afirma a Doutrina Social da Igreja - é uma das formas mais altas de caridade, porque serve ao bem comum. Eu não posso lavar minhas mãos. Todos devemos oferecer algo! 
Existe o hábito de somente falar mal dos governantes e criticar o que está errado. Fala-se sempre mal e contra. Talvez, disse ainda o Pontífice, o “governante seja sim um pecador, mas eu devo colaborar com a minha opinião, com a minha palavra, e também com a minha correção”, porque todos “devemos participar do bem comum!”. Aí vem o chamado do Papa para que um bom católico, - ao contrário do que se diz, que “bom católico não entra na política” -, se empenhe na política oferecendo o melhor de si.
A Igreja exorta os cristãos leigos a entrarem na política para lutar por uma sociedade nova, onde todos possam viver dignamente. Outra coisa, ainda, é a politicagem: a política individualista ou de grupo, de interesse espúrio. O político deve servir. Aquele que serve não domina. Aquele que serve, despoja-se de seus interesses privados e investe sua vida em benefício de todos. Governar é cuidar todos os dias para que o bem floresça. Devemos combater a politicagem que vê a política como instrumento de poder e não de serviço, de ganho individual ou de grupo e não de bem comum, da coletividade. O convite é duplo: seguir os governantes e cobrar deles uma boa governança; e aqueles que foram eleitos, escolhidos pelo povo, olhar para o bem comum e o bem da sociedade. Muito ainda dever ser feito por ambos, cidadão e político, para que o homem seja o centro das atenções de quem detém o poder e governa. Nós como cristãos, como católicos não podemos ficar de fora, temos de fazer a nossa parte.
Silvonei José Protz

Colunista do Portal Ecclesia.

REFLEXÃO:

ABRINDO NOSSOS CORAÇÕES!
Mesmo que não tenhamos à nossa disposição meios materiais e capacidade real de atender às necessidades de nossos semelhantes, não podemos nos sentir desobrigados de abrir nossos corações aos seus sofrimentos e aliviá-los até onde for possível. Lembremo-nos do pequeno donativo da viúva. Ela colocava no tesouro do templo apenas duas moedas, mas nelas depositava todo o seu grande amor, pois “de sua pobreza ela colocou tudo o que tinha, tudo o que tinha para viver”. O que conta, acima de tudo, é o valor interior da dádiva: a disposição de dividir tudo, a disposição de se dar. São Paulo escreve: “Se dou todos os meus bens... mas não tenho amor, não guardo nada.

NOTÍCIAS

Francisco: para cada cristão, Jesus tem uma promessa e uma missão

“Tenho medo da graça que passa sem que eu perceba.” Com esta citação de Santo Agostinho, o Papa Francisco iniciou a homilia da Missa da manhã desta quinta-feira, celebrada na Casa Santa Marta. O Papa refletiu sobre os modos com os quais Cristo se manifesta na vida de um cristão, comentando o trecho do Evangelho em que Jesus se mostra a Pedro, Tiago e João com o sinal da pesca milagrosa. 
Desconcertado, Pedro é confortado por Jesus, que promete fazer dele “pescador de homens”. Depois o convida a deixar tudo para segui-lo e lhe confia uma missão. Ou seja, Deus se manifesta com três atitudes: através de uma promessa, de um pedido de generosidade e de uma missão a realizar.
No caso dos Apóstolos, observou o Papa, o Senhor passou na vida deles com um milagre. Nem sempre assim, contudo Ele está sempre presente:
“Quando o Senhor vem na nossa vida, quando passa no nosso coração, sempre diz uma palavra e uma promessa: ‘Avante... com coragem, sem medo, porque fará isso!’. Ou seja, é um convite à missão, um convite a segui-Lo. Quando ouvimos esta promessa, é porque há algo na nossa vida que devemos corrigir, e o fazemos para segui-Lo mais de perto.”
Todavia, garantiu Francisco, Jesus não pede para largar tudo por um fim obscuro. Ao contrário, o objetivo é imediatamente declarado e é um objetivo dinâmico:
“Jesus jamais diz ‘Siga-me!’, sem dizer a missão. Não! ‘Siga-me e farei isso. Siga-me por este motivo. Se quiser ser perfeito, deixe tudo e siga-me para ser perfeito’. Há sempre uma missão. Seguimos o caminho de Jesus para fazer algo, não é um show, mas para realizar uma missão.”
Promessa, pedido e missão, portanto, não dizem respeito somente à nossa vida ativa, mas também à oração. Não existe uma oração sem uma palavra de Jesus, não há oração em que Ele não nos inspire a fazer algo:
“Uma verdadeira oração cristã é ouvir o Senhor com a sua palavra de conforto, de paz e de promessa. Isso não quer dizer que não existem tentações. Há muitas! Pedro pecou gravemente, renegando Jesus, mas depois o Senhor o perdoou. Tiago e João pecaram de carreirismo, querendo ir mais alto, mas o Senhor os perdoou.”

Fonte: Rádio Vaticano

SANTO DO DIA

04 de setembro

Francisco Bernardone nasceu numa rica família na cidade de Assis em 1182. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava. Mas, mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. 
Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. 
A partir daí viveu na mais completa miséria. Fundou em 1209 a Primeira Ordem dos frades franciscanos, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Foi a imagem do Cristo no segundo século da igreja. 
Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas Ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados. Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo. 
Morreu 04 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos.
De todos os santos da Igreja, Francisco é certamente um dos mais amados e conhecidos. 

São Francisco de Assis, rogai por nós!