terça-feira, 17 de setembro de 2013

MENSAGEM DO DIA


"É honra e dever para os cristãos retribuir a Deus parte dos bens que Dele receberam."
(Concílio Vaticano II)

REFLEXÃO:

Médicos e padres

Não é fácil, e talvez nem convenha, comparar médicos com padres, ou vice-versa. Mesmo que, para se ressaltar a importância da profissão de médico, se costume dizer que ela é um verdadeiro “sacerdócio”. Mas aqui a comparação entre médicos e padres, é colocada a propósito da polêmica instaurada nacionalmente, a respeito da contratação, ou não, de médicos estrangeiros para exercerem sua profissão em municípios que não dispõem do atendimento médico por profissionais brasileiros. 
Faltam médicos brasileiros. Faltam padres brasileiros. Aí sim é possível fazer algumas ponderações. Diante da falta de padres brasileiros, a Igreja sempre esteve muito aberta para acolher padres estrangeiros. E o povo sempre recebeu bem os padres vindos de outros países, especialmente da Europa, mas também do Canadá e até dos Estados Unidos.
Para dimensionar melhor o que significou para a Igreja do Brasil a presença de padres estrangeiros é revelador conferir quantos deles acabaram sendo eleitos bispos. Nas últimas décadas, somando os que já são agora eméritos, passa de cem o número de bispos estrangeiros colocados à frente de dioceses no Brasil. Isto representa, propriamente, um terço do episcopado brasileiro.
Claro que a análise deste fato comportaria outros ingredientes que ajudariam a explicar a composição do clero brasileiro. Mas o dado mais eloquente a ser levado em conta é, sem dúvida, a disposição de acolher, sem restrições nem reservas, a presença de padres estrangeiros, com plena jurisdição pastoral. Esta atitude contribuiu, certamente, para confirmar a fama do Brasil ser um país aberto à universalidade, acolhedor da diversidade, sem maiores problemas de convivência com o diferente, pronto para a harmonia de relacionamentos com pessoas de outras culturas.
O fato evidente é este: a presença de padres estrangeiros foi muito positiva, tanto para o atendimento pastoral das comunidades católicas, como para o conjunto do país, que pôde contar com a valiosa contribuição de pessoas capacitadas e laboriosas, que puderam prestar valiosos serviços sociais junto à população. Diante disto surge espontânea a pergunta: por que não acolher os médicos estrangeiros, ainda mais diante da carência de profissionais que faz com que centenas de municípios brasileiros estejam desprovidos de atendimento médico? 
Diante de situações dramáticas, que precisam de solução urgente, dá para dispensar o apelo à tradição brasileira, de abertura para a diversidade cultural, e centrar nossa motivação na urgência humanitária de socorrer a tantos doentes que acabam morrendo por falta de médico. Nenhum médico gostaria de ser acusado de omissão de socorro profissional, causado por sua irresponsabilidade.
Certamente a classe médica do Brasil não quer ser responsabilizada pela falta de atendimento profissional a tantas pessoas que precisam com urgência de socorro médico.

Fica o apelo para que a classe médica do Brasil, através de seus organismos de representação, coloque diante do Ministério da Saúde suas ponderações sobre esta demanda, para que se chegue rapidamente a uma solução, que não comprometa a imagem dos médicos brasileiros, não constranja os médicos estrangeiros, e sobretudo se transforme em medidas eficazes em favor dos doentes, para quem a saúde não tem nacionalidade, pois ela goza de cidadania universal.

MÊS DA BÍBLIA: CURIOSIDADES

Confira mais uma pergunta da nossa promoção do mês da Bíblia:

Quantos capítulos tem o evangelho de marcos?

Mande a sua resposta com o seu nome para a nossa conta: paroquiastoantoniomv@gmail.com

GIRO DE NOTÍCIAS

30 de setembro: Papa anunciará data da canonização de João XXIII e João Paulo II

A data da canonização dos beatos João XXIII e João Paulo II será conhecida no próximo dia 30 de setembro, durante consistório que será presidido pelo Papa Francisco. A informação foi dada pelo prefeito da Congregação da Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, no dia 20 de agosto, em Rimini, na Itália, na apresentação de uma mostra sobre São João Batista Piamarta.
Cardeal Amato lembrou que, no voo de volta do Brasil, o Papa já havia anunciado que a canonização dos dois beatos não deveria ser agora no fim deste ano, mas em 2014. E a data precisa, segundo ele, será anunciada durante esse consistório neste mês, uma reunião de cardeais que falará propriamente sobre essas duas canonizações. "Neste momento (no consistório) o Santo Padre dirá a data oficial, que só ele sabe", disse o cardeal.

O prefeito da Congregação da Causa dos Santos aproveitou para dizer algumas palavras sobre os dois beatos, futuros santos. "João XXIII foi o grande profeta e criador do Concílio; João Paulo II é aquele que o colocou em prática e o desenvolveu, em todos os seus componentes e em todas as suas virtualidades. São realmente dois pilares não somente de cultura cristã, mas também de santidade cristã".

SANTO DO DIA

17 de setembro

Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 04 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. O menino Roberto nasceu franzino e doente. Mesmo doente, Roberto soube ter uma vida de profundo amor a Igreja. Sua inteligência prodigiosa levou-o ao magistério. Foi professor em inúmeras instituições de ensino da Itália. 
Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As Controvérsias Cristãs sobre a Fé", um tratado sobre todas as heresias. 
Mais tarde, em 1592 Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano. Nesta função ficou apenas por dois anos, pois o Papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período produziu outra obra famosa: o "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de cinqüenta idiomas. 
Trabalhou durante muitos anos como assessor dos pontífices romanos. Morreu aos setenta e nove anos de idade, apresentando graves problemas físicos e de surdez. Foi proclamado santo e doutor da Igreja. 

São Roberto Belarmino, rogai por nós!