domingo, 11 de agosto de 2013

Esta é a grande festa familiar que a Igreja nos convida a celebrar neste domingo: a festa da paternidade

            No mês de agosto, chamado mês vocacional para a Igreja no Brasil, celebramos também o Dia dos Pais, especificamente hoje, no segundo domingo. Realmente, esta é a grande festa familiar que a Igreja nos convida a celebrar neste domingo: a festa da paternidade. A festa em torno do grande dom que Deus dá ao homem e à mulher, que é nascer de um pai e de uma mãe, formando uma família conforme a vontade de Deus.
              Esse dia costuma ser comemorado com menos manifestação exterior que o Dia das Mães. Sem dúvida, com igual amor e gratidão. Tudo no pai é mais sóbrio e austero; tudo na mãe, mais carinho e doçura. Ambos carregam, no entanto, a mesma missão com serviços complementares e igualmente necessários: são dois chamados a serem um. Na matemática do amor, um mais um não são dois, mas sempre um. Quando separados, nada mais difícil entender e desempenhar o que são: pai e mãe. Nada mais pesado do que um fazer também as vezes do outro, ou seja, um ser dois. O ideal seria homenageá-los, os dois juntos, em um só dia do calendário, em total respeito ao plano do Criador, conforme a palavra do próprio Jesus: “O que Deus uniu o homem não deve separar.” (Mt 19, 6)
              Em busca da realização de seus sonhos, atrás de cada família há um homem chamado de pai. Sua dedicação e seu desprendimento jamais serão bastante proclamados. Uma de suas principais tarefas: sustentar o clima de segurança dentro do lar que não se restringe aos limites de mero fornecedor do necessário, em termos materiais, para a família. Sua função paterna é de imprescindível valor para a formação da personalidade sadia dos filhos.
Essa segurança, como a transmite? Não há de ser só por palavras com orientações e conselhos. Há de ser, sobretudo, por uma presença amiga, serena, sem perder a cabeça diante de intrincados problemas. Há de ser exercendo uma autoridade que brota do amor maduro, terno e acolhedor, comunicativo e envolvente. Há de ser com aquele amor que o faz capaz de dialogar, que lhe dê força para tornar-se, não agressivo e prepotente, mas paciente e capaz de perdoar; de dizer “sim” com alegria e dizer “não” com carinho. E ser um pai para a vida toda…
            Nada fácil desempenhar esta missão. Mais difícil o é em tempos atuais quando a figura de um pai autoritário não tem mais vez. A vez agora é de pai mais companheiro. Ser pai é dar a vida. É isso, e isso é tudo. Dar a vida não é, simplesmente, fazer alguém existir. A maior grandeza da missão paterna é existir para quem deu a vida.
Quem não precisa de um pai? A criança precisa dele para brincar de cavalinho e correr para abraçá-lo. Ele, o adolescente, para educar virilmente sua personalidade; ela, a adolescente, para descobrir no seu comportamento a figura do homem. Os jovens precisam dele para receber estímulos que os encorajem a assumir o engajamento profissional e uma família. O filho adulto há de ver nele um insubstituível amigo. E o pai, na sua velhice, não deve ser considerado um ser inútil. Se não conseguir ensinar o filho a envelhecer, terá o direito de receber dele a manifestação de um coração sempre agradecido. Precisa do pai até mesmo quem não mais o tem no mundo dos vivos.
           Como o Dia dos Pais começa na Semana Nacional da Família em todo o Brasil, também será importante celebrá-la, e desejo de coração afirmar a importância da família na sociedade. Por isso, elevo a Santo Antônio uma especial prece por todos os pais, para que não renunciem à sua importante missão familiar e eclesial. E que, na bela experiência do “terço dos homens”, nossos pais possam dar o testemunho público de vida cristã aos filhos e netos, que deve ser a sua primeira e mais importante missão e o seu mais precioso bem a deixar de legado a todos os seus familiares.

FELIZ DIA DOS PAIS À TODOS OS PAIS...